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Inpirador…






(1) "[...] Que tristes os caminhos, se não fora a mágica presença das estrelas! " < Mario Quintana >


Mas...

(2)
"É necessário ter o caos aqui dentro para gerar uma estrela." < Nietzche >

Reset

sábado, 31 de julho de 2010

 

KY - Reset 

Sabe, o mês está quase terminando. Toda vez que isso acontece, é como se eu apertasse “reset”, começando uma nova partida. Isto é bom, muito bom: dá-me ânimo! Uma sensação de que não preciso esperar um ano, até dezembro, para fazer minhas promessas.

Estive, há muito tempo, assim, esperando… Sentia-me sozinho, acomodado, sem planos. Como se, na frente, houvesse uma folha em branco; e não me vinham palavras pra expressar a alegria, que, de côngruo, era desconhecida. Posto que a tristeza, essa sim, era presente, merecida; Devido a minha anestesia, que não me impedia de chorar, representando apenas a inércia que tinha em meu olhar. Como explicar essa inércia, nada quieta? Que agia por demais, levando-me a lacrimejar? Ela era parte do sistema lacrimal daquela época.

Mas tudo que acende, apaga. Tudo que nasce, morre e abisma. Nada é inacabável. E o que esteve longe, está mais perto hoje. Veio trazer razão, emoção, para eu ser diferente, ledo. Desabituou-me da falta de movimento, de quando lerdo. E fez eu segurar suas mãos, e desabotoar o indumento dela, de uma vez. De amor completar o meu mundo; das feridas, esquecer-me. E alvejar o papel com versos brancos… Que ninguém nunca manifestou, igualmente.

 

 

 

Low. Recife, 31 de julho de 2010.

O Talento que Tenho

domingo, 25 de julho de 2010

Este artigo foi escrito por Low, no blog Kara Ystúpido.

 

“São longas as madrugadas sem te ver
Delonga o tempo para passar
Daí o talento que tenho é escrever
Para pôr no papel o meu soluçar”
 
(Thúlio Jardim, 17/03/2009)

 

KY - Papel e Lágrimas de um Escritor



Começo com estes versos simples, quase tristes, de autoria do meu amigo Thúlio Jardim. É um trecho de um de seus tocantes poemas, sendo que o título dado por mim não é o mesmo da obra original – essa sim bastante triste. Para quem por acaso não sabe, o meu amigo é um verdadeiro escritor e hoje é o dia dele! Dia Nacional do Escritor. Se bem que eu pense em citá-lo outras vezes, sobretudo no Dia do Poeta, por ser mais emblemático, mais peculiar ao seu talento de versejador.

Tal data de hoje, 25 de julho, foi definida como Dia Nacional do Escritor através de um decreto governamental, em 1960, após o sucesso do I Festival do Escritor Brasileiro, organizado naquele ano pela União Brasileira de Escritores - UBE, por iniciativa de seu presidente, à época, João Peregrino Júnior, e de seu vice-presidente, o célebre escritor baiano Jorge Amado.

Quanto ao ato da escrita em si, é razoável perceber influências diversas, por se tratar de uma prática que remonta tempos antigos. Nas conversas de internet e nas mensagens do Orkut, observa-se, já há um bom período, para título de exemplo, o surgimento do Internetês, que nada mais é que uma forma específica de se comunicar, cuja característica principal é a simplificação de palavras. No entanto, há quem discorra, erradamente, que esta simplificação é uma característica do andamento atual, oriunda da modernidade e da indisponibilidade dos humanos – aprisionados à pressa do agora.

Na verdade, na verdade verdadeira [não tem aquele ditado que diz “uma mentira contada mil vezes se torna verdade”? Pois então, não me corrija! Lembre-se, ao invés disso, de ler também o link recomendado por mim, ao final desta postagem], isto já era visível desde os primeiros séculos da história do Brasil, em abreviaturas de documentos, e dentre os fatores que contribuíam para esta ocorrência estavam: a falta de recursos em adquirir materiais, como tintas, papéis e plumas, em razão da distância entre Portugal e a colônia, e a ausência de um sistema ortográfico oficial para a língua portuguesa.

Escrever, apesar desses empecilhos, e de nos tomar muitas das horas, nunca deixou de ser útil. Podendo ser não somente uma das formas de sustento familiar, isto é, um ofício, como, ao mesmo tempo ou não, um passatempo, uma forma de desabafo, uma manifestação artística e do pensamento. Enfim, uma infinidade de coisas! Que se derivam do enlace entre papel e escritor. Desde as mais agradáveis - um poema, uma canção… -, até as mais enfadonhas, como a digitação de relatórios burocráticos.

Não obstante isso, mesmo assim, escrever nem sempre foi - nem é! - muito fácil para mim. Teve uma época em que eu tava realmente mal, sem paciência para formular uma única frase. Sério! A minha ansiedade suplantava qualquer pensamento inteligente com o qual eu pudesse me deparar. Eu nem sequer conseguia ler. E tal ainda ocorre, de vez em quando, e não é só comigo. Thúlio, meu amigo, também já passou por isso. Fase muito difícil, quando eu o conheci. Ele estava acamado, chorava pelos cantos, dizia-se o homem mais infortunado do mundo. Eu sentia na pele o sentimento de pesar dele, e que nele havia alguma coisa triste de mim, sem sobrepujar. Por isso, quis tanto ajudá-lo naqueles dias ruins [que estranho, isto soou como coisa de mulher com TPM e tal… hehehe…].

Além desses problemas inerentes a nós dois, jovens adultos, outros seres senescentes já enfrentaram – ou enfrentam – os seus dilemas. E os mais velhos que o digam! Não bastasse a fragilidade das suas ossaturas, outrora eles passaram por muita censura. Era um perigo tremendo, arriscado demais, se expressar em momentos passados, quando da ditadura. De alguns anos para cá, apenas então, é que o Direito à Liberdade de Opinião e Expressão começou a sair do papel, para se tornar algo tangível, real. E, apesar disso, para muitos os traumas permanecem. Sempre havendo alguns resquícios do medo, algum tipo de receio maior nas pessoas, mesmo que latente lá dentro do peito.

Afora o exposto, as dificuldades dos escritores prosseguem, e têm permanecido grandes, principalmente no que diz respeito à publicação de suas obras. O fato é que, despreocupados com a qualidade dos textos, mas com a quantidade de vendas dos produtos, muitos editores lançam somente os volumes que garantem retorno econômico à empresa. Além disso, muitas vezes, os meios de comunicação virtual publicam na íntegra - e gratuitamente - obras de vários autores, sem considerar os respectivos direitos autorais, causando prejuízos aos mesmos.

Eu, que escrevo a eito, fico preocupado. Desse jeito, aonde vamos chegar!? Mas reluto no discurso, e a despeito disso tudo, continuo: Quem é o maluco de interromper a escrita???


 

 


Low. Recife, 25 de julho de 2010.


 




Links recomendados:

IPLA - Instituto da Psicanálise Lacaniana | Da verdade recalcada à verdade mentirosa [pdf]
Revista Monet | Dia do Escritor: veja 14 filmes com os melhores autores do cinema 
Portal do São Francisco | Dia do Escritor

Algemado

quinta-feira, 22 de julho de 2010

 

Por acaso hoje, quando estava prestes a fazer login no Orkut, notei uma imagem referente ao Festival de Vijandi – uma pequena cidade da Estônia. De início, pensei que fosse outra coisa e, devido a minha grande curiosidade, quer dizer, devido a minha SEDE DE CONHECIMENTO, eu fui fuçar pelo Google para ver do que se tratava… Descobri, no entanto, que bastava um simples clique naquela imagem, da home daquela rede social que é a mais popular entre os brasileiros, para sermos direcionados ao assunto da festa. Isto foi só depois de constatar, mesmo, que hoje é o Dia do Cantor Lírico. Seria uma coincidência? Acho que não…

No fim, o que me atraiu realmente a fazer esta postagem de agora, foi esta segunda, ou melhor, primeira constatação. De que hoje se comemora o Dia do Cantor Lírico. Diz-se que este tipo de canto se refere mais a música erudita. Mas tenho lá minhas dúvidas. Pois, de acordo com a etimologia, o étimo da palavra lírica está relacionado com lyra, instrumento musical de corda, que os gregos usavam para acompanhar os versos poéticos. O que está um pouco distante - não é verdade? - daquele capricho que vemos dos sopranos, tenores e afins, que quase sempre é acompanhado pelo som requintado de um piano.

A partir do século IV a.C., o termo lírica passou a substituir a antiga palavra mélica (de melos, “canto”, “melodia”) para indicar poemas pequenos por meio dos quais os poetas exprimiam seus sentimentos. Sabia-se que antigamente Aristóteles - filósofo grego nascido na cidade de Estágira, em 384 a.C. - distinguia a poesia mélica ou lírica, que era a palavra “cantada”, da poesia épica ou narrativa, que era a palavra “recitada”, enquanto que a poesia dramática era, para ele, a palavra “representada”.

O termo “melos” lembrou-me, particularmente, dois estilos de música que eu curto bastante: o Power Metal Melódico e o Hardcore Melódico. Não esquecendo, ainda, que este primeiro tem seu estilo influenciado pela música clássica, assunto já rapidamente tratado neste artigo. Contudo, não vamos ficar enrolando. O que vou expor aqui não é a importância deste dia, nem o que é o quê simplesmente - o meu blog não tem o esclarecimento como seu único objetivo. O que eu quero é poder demonstrar, também, os meus dotes musicais. Minha criatividade. Não, eu não canto! Nem no chuveiro ¬¬. Entretanto, eu componho! Quase o dia inteiro… São tantas criações, inícios de criações, que muitas vezes me escapam da memória, e composições outras tantas que eu até perco por completo.

Tenho esta abaixo, intitulada “Algemado”, a qual criei em 11 de agosto de 2007. Fiz duas versões dela, inicialmente. As duas nessa mesma data. Porém, como sempre falta alguns retoques, uma coisa aqui, outra coisa ali… acabei criando 5 versões aproximadamente. Vou expor apenas as duas primeiras. Quem sabe numa próxima chance eu mostre as demais, não é? Se vocês quiserem, claro. Não gosto de músico chato! Digo, com-po-si-tor chato… E o texto já tá longo! Vamos terminar, então. Até mais!

 

 KY - Coração Algemado

 

ALGEMADO
Thúlio Jardim, 11/08/2010.



Há quanto tempo eu não vejo o teu olhar?
Por um momento parei para pensar
O par perfeito que seria eu-e-você
Mas você nem me percebe, ou só finge que não vê…

Que eu estou afim de você
Que eu busco sempre por você
Que você é o meu paraíso
É tudo aquilo que eu preciso

Agora, garota, venha beijar minha boca
Me diga por que está longe, menina
Chega mais perto, adoça minha vida
Fico esperto só com você, minha linda

Coisa louca é o que eu sinto ao seu lado
Minha dona, por você fui algemado
Mesmo preso a você me sinto livre
Pra fazer testar todos os seus limites… 


[Refrão] (sugestão: 2x)
Escravo ao teu coração
Algemo-me por opção
A chave não guardei comigo
Ficar prefiro sempre contigo


Nã nãnã nã nana
Nãnãnãnã nã nana
Nãnã-nãnã
Nãnã…

Nã nãnã nã nana
Nãnãnãnã nã nana
Nãnã-nãnã
Nãnããã…

 


ALGEMADO (2ª Versão)
Thúlio Jardim, 11/08/2010.

 

Há quanto tempo eu não vejo o teu olhar?
Sobre as nuvens estava a te observar
Mas veio o vento, vento forte em um só golpe
Pegou me arremessou, derrubou-me de lá

Agora neste horizonte estou a vagar
Meus olhos perdidos procuram te encontrar
Água de deserto nem sempre está por perto
Mas só você mata a sede deste meu coração

Sou louco por tu, se você não sabe
Quando está longe, me bate uma saudade
Par perfeito seria eu junto a você
Vou tentar de novo ver os olhos seus…

Viver pensando em você
Viver fazendo me enlouquecer
Viver algemado, pensamento em você
Viver algemado todo tempo a você

Oh garota, venha cá beijar minha boca
Me diga por que está tão longe, menina
Chega perto, adoça minha vida
Fico esperto só com você, minha linda

Coisa louca é o que eu sinto ao seu lado
Minha dona, por você fui algemado
Mesmo preso a você me sinto livre
Pra fazer testar todos os seus limites…

Escravo ao teu coração
Algemo-me por opção
A chave não guardei comigo
Ficar prefiro sempre contigo

Às vezes, acho até que não sou o melhor pra você
Por vezes, também pensei em tentar te esquecer
Mas sem você não sei o que de mim posso fazer
Enfim, algemado estou sempre preso a você!

KY - Preso a Você!

 



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As.: THÚLIO JARDIM

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