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Inpirador…






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Mas...

(2)
"É necessário ter o caos aqui dentro para gerar uma estrela." < Nietzche >

Sofrimento Nada Espúrio

domingo, 1 de agosto de 2010

 

Este artigo foi publicado hoje, no blog “Kara Ystúpido”.

Hoje é aniversário da minha mãe, queria aproveitar e mandar um beijão para ela! Devo dizer que já falei bastante dela, no sentido do “muito”, não no sentido de que falei o suficiente! Ela merece mais demonstrações do meu afeto, é verdade, mas como o Dia dos Pais já está chegando… prefiro externar este sentimento que tenho por ela em outra oportunidade. Sendo assim, peço que releiam as declarações de carinho que fiz em outras postagens, como em “Mães escrevem certo por linhas tortas” e “Quem disse que o Dia das Mães já passou?”.

Nesta ocasião, vou reservar espaço para escrever um tipo de texto que se aplica melhor ao contexto daqui: a poesia de tristeza e superação. Sabendo-se que o que me embalou para isso foi os comentários snobes de alguns colegas meus, pseudointelectuais, ao dizer que eu estava, com muuuita frequência, fugindo do temaobjeto desse blog. Para ser franco, eu não fiz isso! Haja vista que em momento algum me dispus a mostrar apenas o lado ruim da (minha) vida. Temas tristes, claro, haverá e muitos! Mas até pra quem é leigo, é possível entender que ninguém no mundo é 24 horas triste.

Os psicólogos e outros “doutores da mente”, inclusive, não dizem nunca, nem há essa brecha na Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, aqui no Brasil nomeada atualmente como CID-10 (é a décima edição), em seus códigos F00 a F99 que tratam dos “Transtornos mentais e comportamentais”, especificamente em F30-F39 [provavelmente, o ponto cardeal desse blog!], que lida com os “Transtornos do humor [afetivos]”, algo que pudesse ser traduzido como “foi sempre triste”, “é sempre triste” ou “será sempre triste”. Por isso a razão de se utilizar tanto palavras que não venham a ser contraditórias, a exemplo de “episódios”, “recorrentes”, “persistentes”, “bipolar” etc. Algumas até mesmo vagas.

Ah! E deixo manifesto também que a última postagem do amigo Low, intitulada “Reset”, serviu de estremeção para que eu me mexesse e trouxesse algo original para cá. Sobretudo a parte em que ele faz referência a uma “folha em branco”. Vocês perceberão melhor do que falo, adiante, na 7ª estrofe. Observem atentamente, pois eu termino assim:

 

SOFRIMENTO NADA ESPÚRIO
Thúlio Jardim, 29/11/2008.



Eu, somente eu, com a minha dor enorme
Na luta p’ra domar o leão do amor
Coração desolado, ah, como sofre!

Por que bates assim, coração?
Que aperto é este? Que ansiedade…
De onde vem tanta inquietação?

Sim, eu sou homem e choro
Não sigo nenhum tipo de estereótipo
Acho que não sou desta era…

Quem vive neste mundo cão
Sofre bastante com a desilusão
Que sente vontade de também ser fera…

E eu sou fera ferida, que sangra
Como um trovão, a tristeza ribomba
Eu sou aquele que ficou sozinho…

Do coração que geme, batidas fortes
Começa a contagem regressiva p’rá morte
A vida que se abrevia sem carinho…

KY - Folha em BrancoPergunto: onde estão as palavras?
Olho a folha em branco…
A inspiração não vem.

P’ra chorar, queria mais lágrimas
Prantos sobre prantos…
Que os guardava tão bem.

Vou lhe dizer que não sei o que fazer
O que será de nós nesta distância?
Sinto uma dor aguda no peito
Coração que não sai da garganta!

Pude sentir a brisa fria da morte
Não tenho mais nenhuma volição
Punhal fincado nas costas
Será tarde para aprender uma lição?!

Num coma profundo, coração dorme
Nem toda minha existência foi sofrida
Este poeta que belas palavras anotava
Hoje se encontra sem rimas, sem guarida…

Em leito de dor, no hospital, me vejo paciente
Nos meus delírios, era por ti que estava doente
Teu nome chamei, tu estavas ausente
E a minha vida se indo, impiedosamente

São lembranças tristes que trago
De um sofrimento nada espúrio
Hoje me sinto forte, recuperado
Desprendo-me de todo meu passado
Deixando cada vez mais inadequado
Este anseio louco de abandonar tudo.



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