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Inpirador…






(1) "[...] Que tristes os caminhos, se não fora a mágica presença das estrelas! " < Mario Quintana >


Mas...

(2)
"É necessário ter o caos aqui dentro para gerar uma estrela." < Nietzche >

Cer Criança Cempre

quarta-feira, 31 de março de 2010

 

Qual criança não escreve “um pouquinho” errado? Que ser já adulto não comete os seus grandes deslizes? Tendo em mente o primeiro grupo, eu não consigo exibir um olhar apático quando estou de frente a um trabalho de criança. Não tem como não me encantar, é certo como o quanto é primoroso o resultado. Sim, é! Exceto quando a criança faz de má vontade, pois tudo feito desse jeito não sai legal. Sabendo-se, no geral, que este não é o caso, haja vista que as crianças costumam gostar de se ocupar - muito da ocupação para elas é passatempo – é difícil não se atrair por estas criaturas criativas.

Não importando a ortografia, semelhante o que aconteceu na “Pesquiza Sobre O Circo”, feita pela filha da vizinha aqui do meu apartamento, a gente olha a dedicação delas e o entusiasmo sem vaidade, e não os desacertos. Afinal, elas se deixam impregnar de uma alegria irreal, parecem transmiti-la tão bem e tanto, que também erraria se tentasse mensurar o efeito que isto causa em nós, humanos ufanos.

Não é por acaso que gostei de ajudar aquela garotinha em sua pesquisa sobre o Dia do Circo. Lembro, e rio quando lembro, o que ela escreveu: “Agente gosta de bicar de circo das bricadeiras fazer palhasada, agente, adorar, imitar os brichus, como é bom. É dimais! (…) Agente pular, bricar, bater aumas”. Eu demorei para perceber que o final era “bate palmas”, acho que não fui o único. Enfim…

Gostaria de expor uma de minhas poesias, que tem eu no centro, mas como supedâneo a busca da eterna juventude [aproveitando a deixa do dia de ontem e de que 2010 foi elegido o Ano Internacional da Juventude…].

Obviamente, existem vários tipos de idade: a aparente, a psicológica, a biológica, a cronológica, a emocional, a espiritual; só para citar alguns exemplos. No entanto, não entrarei no detalhamento disso, pois o link acima já faz boa parte do serviço. Irei agora, como disse, apenas exibir uma poesia de cunho muito pessoal. E espero que vocês namorem a leitura:

 

KY - Duas Crianças

O Imo Cultivo da Eviterna Criança
Thúlio Jardim. 09/03/2009



Existe dentro de mim uma coletânea
De poesias sorumbáticas
Que decantam nostalgia
Da puerícia, saudades

Vive interiormente nesta criatura uma criança
Um ser miúdo que ver no sorriso a coisa básica
Para um indivíduo seguir na vida com esperança
De forma que a desesperação quase jamais me bulirá

Dentro cá de este ser há um universo de contentamento
Que em miúro nunca se desfigurará
Pois derrocar alegria deste pessoa hílare de sentimento
É o mesmo que tentar as palavras que transitam pelos pensamentos esvaziar

Ah! E ser o infante é colar o nariz na vidraça e espionar, distante, o dia lá fora
É adorar o blecaute para sair na rua com lanternas de latas improvisadas na mão
É ser um petiz correndo feliz debaixo da chuva e em poças de lama dar um mergulhão
Ser criança é tudo que não deveríamos deixar de ser, pois não

E eram tão morosas as tardes que se despiam do sol
Todo dia vinha uma dor aguda atingir o peito nesta hora
Uma melancolia que chegava sem hora para ir embora
E permanecia comigo, até a hora de eu ir para cama

Jogado, então, triste no canto
No caixote de brinquedos da minha infância
Vasculho por algo que me traga uma exultação
Um joguete que, seguramente, prendesse a minha atenção

Mas nada me fazia encontrar o que tanto almejava
A alegria parecia estar num porão escuro
Trancada, amordaçada e amarrada
Não dando sinais de vida havia alguns anos

O sorriso lucífero há muito tempo perdido, da mocidade
De um enervado garoto sem seiva para derribar a porta
Que entre a alacridade e a angústia o aparta
O umbral a ser galgado para se encontrar a tal felicidade

Também pudera… se tornará um adulto
Aquela perene saudade da meninice agora tem
Deitara num esquife a criança que fora
Mas anseia acorda-lá para um ancião caduco deixar de ser

Mundo afora agora segue em meio a uma aspiração
De ser, mesmo crescido, da jovialidade o titular
Ter um espírito juvenil, embora já não tendo aquela desafetação
Tão inerentes à alma de uma legítima criança

Por isso abriga, no lado interior, este moço
Um jovem, que dormindo, sonha com muita pujança
Ser sujeito alegre em ter se tornado um marmanjo
Bastando, pra isso, o imo cultivo da eviterna criança.





O Que É A Tristeza?

 

 

KY - ''O Grande Homem'' (Big Man, 2000) -  Ron Mueck

 

“O cotovelo apoiado na perna, a coluna curva, o rosto pálido e inclinado, caído sobre a mão. O corpo parece tenso e pesado, e o olhar, perdido no infinito. Olhe para o senhor da imagem acima e você terá a impressão de fazer parte de um mundo em que o dia tem 50 horas e até o Sol faz seu percurso em um ritmo mais lento que de costume. Uma sensação? Frio. Um sabor? Amargo. Cor? Preta. Desejo? A inércia completa.

O senhor acima é apenas um dos últimos representantes de uma tradição de mais de 2 500 anos. Trata-se de uma escultura do artista australiano Ron Mueck, sem título, mas conhecida como ‘Grande Homem’ graças aos seus mais de 2 metros de altura. Assim como ele, inúmeras pinturas, esculturas e personagens da literatura ilustraram a mesma atitude cabisbaixa perante a vida. Hoje em dia, basta um exame rápido para diagnosticar pessoas como depressivas. Mas se estivéssemos na Grécia antiga falaríamos de melancolia e, na Europa medieval, de acédia. […]”

─ Trecho de uma das matérias da Superinteressante de março de 2006: No Canto da Vida.

 

 

O Que É A Tristeza?


O que é a tristeza
Senão uma transa sem desejo
A falta de alguém pra se dar um beijo
E um aperto que dói no peito

O que é a tristeza
A não ser um pé na fogueira
A pancada dada por um porrete de madeira
E a companhia de alguma pessoa que perto não se queira

O que é a tristeza
Salvo aquela saudade do ser amado que o olho pranteia
A depressão que vem quase toda segunda-feira
E a falta de lenha para uma lareira

O que é a tristeza
Sem mencionar um sabão sem bolhas
Uma árvore despida de suas folhas
E um presente de aniversário que não se desembrulha

O que é a tristeza
Senão uma bomba que antes do tempo estoura na mão
O contratempo que provoca aquele atrasão
E um imã sem nenhum poder de atração

O que é a tristeza
Exceto amar sem ser amado
O poeta sem estar inspirado
E o namoro mal acabado

O que é a tristeza
Afora o segredo mal guardado
O rei que perdeu seu reinado
E a lei que não dá resultado

O que é a tristeza
Sem contar o bebê muito chorão
Pisar sem sentir chão
E sofrer uma desilusão

O que é a tristeza
Além de uma chuva sem trovão
Do carro sem sua direção
E de um desastre de avião

O que é a tristeza
Fora a carência de dinheiro
Não se sentir de bem com o espelho
E o câncer que consome o enfermo

O que é a tristeza
Ressalvada a fase de aborrecência dos jovens
A crise da bolsa de nova york
E ter sido pego por um golpe


O que é a tristeza
A não ser um inocente na prisão
A demência de um cidadão
E a mordida de um cão

O que é a tristeza
Sem falar do naufrágio de uma nau
Da rua vazia depois do carnaval
E da destruição advinda de um temporal

O que é a tristeza
Além de se sentir muito down
De olhar a mão estendida dando tchau
E do bote que faz sofrer de uma cobra coral

O que é a tristeza
Senão a agonia do infarto agudo do miocárdio
A angústia de ter um dos ossos quebrado
E a dor que vem de um parto

O que é a tristeza
Sem lembrar um aquário sem peixinhos
Um imenso mar sem ter golfinhos
E um pássaro que se perdeu do ninho

O que é a tristeza
Só pode ser uma forma ruim de ver o mundo
A noite com seu macambúzio manto
E um arco-íris preto e branco

O que é a tristeza
No planeta, a grande quantidade de famintos
Não se ter nenhum filho
E ser sozinho

O que é a tristeza
Minha cara, é o tapa na cara
Não poder ter uma mulher na qual se tara
E a devastação das matas

O que é a tristeza
De maneira extrema, é a morte e seu pesar
Dama ingrata que a humanidade deseja extirpar
E que só sabe saudades nos causar

O que é a tristeza?
Repito, é o luto diante da morte
É o escuro mundo das trevas
É o oposto da alegria.


__X__


Por Thúlio Jardim;
em 11/02/2009.




Brisa

 

[Artigo postado em “Kara Ystúpido”, no dia 20 de março].

Há exatos dez dias era o aniversário do meu irmão mais velho. Porém, tenham ciência de que eu só o parabenizei depois de decorrida uma semana. Até havia me lembrado do fato que merecia ser festejado a brigadeiros e bolo com velinha, no mesmo dia do tal… mas meu velho chegara tarde naquela ocasião, e eu nem me dei conta que já era outro dia, tampouco notei que tinha esquecido completamente de cumprimentá-lo.

Então, é isso: só anteontem dei os meus parabéns. Quer dizer, os dele… ao mesmo passo em que me desculpava pela demora. “Isso não importa. É besteira.”, disse o meu irmão mais velho sabiamente. Eu concordei: “Também acho!!!”

Depois do aperto, nos despedimos e eu voltei ao computador para terminar o meu café [sim, isto mesmo: eu tenho hábito de tomar à noite…]. Neste momento, rememorei que em 2007 tinha feito uma poesia, embasada naquele que havia aniversariado fazia uma semana, o qual se encontrava a ler o jornal de quarta-feira, enquanto a quinta se encetava. Ele estava no quarto…

Sendo assim, a seguir exponho “Brisa”, a poesia transcrita tendo meu mano como referência. Posteriormente criei um vídeo dela, um tanto mais longa, pretendendo que ela fosse alusão a minha pessoa. Espero que gostem de ambas as versões [veja o vídeo]:

 

KY - Brisa e Vela

 

BRISA
Thúlio Jardim, 09/09/2007


Eu sou calmo
Ah… eu sou calmo
Calmo eu sou
Como uma brisa…
Há tempos não mudo
Continuo neste clima
Não sou mar agitado
Sou calmo
Calmo como uma brisa…
Mas não sou desligado
Sou apenas calmo
Fique ligado
Eu apenas sou uma pessoa ligada
Em ser calmo
Calmo eu sou como uma brisa…
Mas não se iluda
Qualquer tempo muda
E este marasmo pode dar espaço
A um tornado
Posso me ter tornado bem agitado
Em certos momentos de brigas
Mas as intrigas são sempre passageiras
De um trem bala que chega rápido
Ao seu destino retorna
E eu volto a ser calmo
Calmo eu volto a ser como uma brisa…




P.S. 1 – Reparem no movimento das “reticências”. Não lembra alguma coisa?


P.S. 2 - Apesar do meu “exemplo”, devo dizer:

“É necessário que vocês entendam que é extremamente necessário parabenizar aqueles que vocês amam. Seja pessoalmente ou por carta. Se for escrita à mão, o que sugere atenção por parte de quem envia, melhor ainda. Desde que a letra seja, digamos, legivel… é claro! Mas não precisa ser bonita.

Ah, o parabéns, meu caro! O tom deve ser alegre e a informalidade vai depender do cargo ou função do destinatário. Primeiro se menciona o motivo dos parabéns e, depois, o quanto a pessoa merece o que lhe aconteceu (talvez o quanto não merece… se for um acontecimento ruim).

Sem exageros, por favor. Mas abuse sempre da sinceridade!”

;p



P.S. 3 - Ao amigo PEIXOTO, que faz aniversário hoje, dou os meus parabéns! Quero lembrar que ele foi muito importante numa fase extremamente difícil para mim, ajudou-me bastante, deu-me conforto e auxílio (não sei se merecidos). Realmente, não tenho como externar o quanto estou agradecido por tudo! Também quero falar que desejo parabéns ao meu TIO ZITO, ele aniversaria nesta mesma data.



Sem Receios

sábado, 13 de março de 2010

 

Fechando com chave de ouro a minha homenagem para com as mulheres, eis que escrevo esta 5ª postagem, de uma forma um tanto calorosa. Não preciso dizer nada, imaginem apenas aquela situação narrada em prosa no artigo “Semana da Mulher”, sendo agora escrita em versos. E a mulata daquela cena [Não que eu tivesse, naquela ocasião, mencionado a cor da sua pele. Mas a imagem acusava isso…] sendo vista, em diante, como uma belíssima galega (loira):

 


SEM RECEIOS
Por Thúlio Jardim, em 20/01/2009.


Minhas mãos acariciam teus seios,
teu ventre, tuas anca e coxas,
tuas nádegas…

E beijo tua nuca, teus cabelos áureos,
teus ombros frágeis e essa sua barriga
tão magra…

E teus lábios, agora vejo,
ofertados aos meus…
tão famintos dos seus…

Nossas línguas se entrecruzam…
Minhas mãos trêmulas são dadas as suas…
tão seguras…

Seus pêlos, como plumagem revoltada de andorinha,
quando vou passando os dedos, demonstra
que o carinho se faz bem recebido.
E continuo com minhas carícias…

Te olho nos olhos, te murmuro
palavras no ouvido. Que arrepio!
Você não se contém e quer mais…

O meu perfume forte se mistura
com o seu cheiro delicado,
numa combinação perfeita,
que inebria, embriaga!

E você (é) tão linda…
com uma maquiagem no rosto
lilás.

E, aos poucos, nos desfazemos
de nossas peças de roupa,
bem devagar…

Nossos corpos unidos neste enlace,
nesta hora, nós ofegantes,
respiramos sensualidade…
que eu mais atento chego
a escutar seu coração palpitante…

E depois, é quando olho
estes seus pés lindos, minha virgem!
E me quedo ali feliz e calado.
Tocando-os suavemente…
suavemente…

Vejo, confiável, que seus olhos brilham,
nesta ocasião, a estalar como as faíscas
que ressaltam da madeira a arder ou como
o sal que se deita no lume.

Que visão, oh meu Deus!
Não me acostumo!

Entre sussurros de amor,
aproveito e ajeito na testa
a sua melena. Minha pequena!
Quanto cuidado! Quanto amor!

Com desvelo e sem malícias,
nos entregamos por completo
um ao outro, abraçados,
sem receios…

Que coisa amena! Mas quanto ardor!
Que queimo!




Incesto

sexta-feira, 12 de março de 2010

 

Ela é minha mãe biológica e faz aniversário hoje, 12 de março de 2010. Apesar disso, só vim a conhecê-la no ano de 2000, quando comecei a freqüentar aulas pelo ensino médio (na época, ainda chamado de 2º grau). A irmã dela - que é minha amante - também apaga suas velinhas nesta data, sendo dois anos mais velha que aquela, e tendo sido apresentada a mim num carnaval durante o mesmo ano de 2000. Falo aqui de um incesto, que não repreendo nenhum pouco, e espero que vocês compreendam e respeitem este meu caso, já que é duradouro…

Na verdade, isto que vos falei é a forma deu manter aqui a promessa que fiz de, nesta semana inteira, homenagear “apenas” as mulheres, estendendo a data referente ao Dia Internacional da Mulher e instituindo a semana da mulher! Não sei se vocês notaram, mas estas duas mulheres acima referidas não são comuns, isto é, não são de carne e osso. São de terra e concreto, ladeiras e prédios. Como? Não entenderam?! Então, também não sabem o que é uma prosopopéia? Não estão percebendo, ainda, que aqui estou a discorrer das cidades-irmãs pernambucanas Recife (a minha cidade natal) e Olinda (o meu amor)??? Neste dia, por convenção, a primeira completa 473 anos; a segunda, 475.

Nas duas cidades a data será lembrada com uma série de eventos: shows, atividades esportivas, desfiles de escolas de samba e clubes carnavalescos, corte de bolo e o tradicional “Parabéns para você”. Muita gente, porém, acha estranho como duas cidades independentes façam aniversário no mesmo dia, com exatos dois anos de diferença. Como é possível?

Segundo o historiador Leonardo Dantas Silva, a data de 12 de março é uma convenção, baseada no mais antigo documento histórico que menciona a existência de Recife e Olinda. Não se sabe o tempo da fundação de Olinda, dest’arte; sabe-se que o povoado prosperou tanto, que em 1537, já estava elevado à categoria de vila. Em 12 de março de 1537, Duarte Coelho enviou ao rei de Portugal, D.João III, o Foral - carta de doação que descrevia todos os lugares e benfeitorias existentes na Vila de Olinda. Nas praias, a vila foi fortificada para a defesa e do alto das colinas se expandiu em direção ao mar, ao porto e ao interior onde ficavam os engenhos de açúcar.

A questão da fundação do Recife, aleatoriamente atrelada à fundação de Olinda por força do chamado foral do donatário Duarte Coelho, datado de 12 de março de 1537 como dito, comprova que a História está cheia de equívocos e distorções, “carapetões” na linguagem de Oliveira Lima, adredemente “plantados” para confundir a realidade histórica.

O fato de ser mencionada no referido documento “a ribeira do mar dos arrecifes dos navios”, a restinga de terra à beira-mar naturalmente adequada para servir de porto seguro à navegação entre a capitania e a metrópole, nada tem a ver com a fundação do Recife propriamente dita. Trata-se, é claro, de simples menção de um relevo do solo como tantos outros existentes à época da fundação de Olinda que, segundo pesquisadores, deu-se dois anos antes, em 1535.

Como os historiadores são unânimes em considerar que Olinda nasceu antes, decidiu-se, por consenso, atribuir a Olinda a mesma data de aniversário, com dois anos de antecedência. A verdade é que as duas cidades já existiam antes dos respectivos aniversários.

Ah…
E morar em duas cidades litorâneas como estas, de belezas naturais e contrastes sociais marcantes, é bastante encantador. Têm praias abundantes, cultura em ebulição, povo cordial e história, muita história! As duas aniversariantes do dia têm muitos atrativos realmente, muitas paisagens coloridas e muitos sabores que mexem com a mente de turistas e dos moradores também.

OLINDA foi no passado a principal cidade de Pernambuco, ainda no período das capitanias  hereditárias, perdendo este status para Recife. Hoje, apesar de ter perdido o brilho econômico, Olinda é famosa mundialmente pelo seu carnaval, por suas ladeiras históricas, casarões e igrejas. Não é a toa que a cidade foi declarada pela Unesco como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. Vale-se ressaltar que os blocos carnavalescos originaram-se dos presépios, pastoris e ranchos de reis e tinham o intuito de dar oportunidade às mulheres de participarem do carnaval de rua.

O sentimento por Olinda é revelado de muitas formas, é inconfundível. "Na verdade, a imagem da cidade é inspiração para todo tipo de artista, desde o escultor, o pintor, o artista plástico de modo geral", afirma o artesão Ademir Sá. “Com certeza, Olinda está no coração”.

Do coração direto para um pedaço da casca de madeira de cajá, no qual é retratado o mar, o farol, o colorido do casario, o homem da meia-noite que interrompe a paz das igrejas seculares. A turista Elisângela Vieira não deixou a lembrança passar. “Eu vou levar pra casa, para o lugar tão longe onde moro, no Rio Grande do Sul”, conta. “Em um pedacinho de madeira, fica uma lembrança para a vida inteira de tudo o que a gente viu aqui”, acrescenta.

A paixão pela cidade costuma ser assim: imediata, à primeira vista. Mas o amor é diferente. Surge devagar, com a convivência. Talhado pela paciência de quem aprende a descobrir o outro, como o artista plástico Manu de Olinda. “Eu que nasci e fui criado em Olinda já conheço todos os pontos da cidade, então é fácil memorizar e fazer peças retratando”, diz.

Peças que traduzem a alegria, a riqueza, a religiosidade e o colorido de um lugar que parece uma obra de arte - impossível resistir. “Não tenho pretensão de sair da minha cidade, gosto demais, cada dia me inspiro mais aqui”, garante o artista plástico Lula de Andrade. E faz o desejo: “Feliz aniversário, Olinda!”.

RECIFE, por sua vez, é atualmente a principal cidade do estado de Pernambuco. A “Veneza Brasileira, Cidade Maurícia, Capital do Nordeste” conta com sua pujança baseada especialmente em serviços, tal que oferece ampla variedade de shoppings, universidades e prédios históricos, com destaque para o bairro do Recife Antigo. É uma cidade de grande concentração populacional, onde predominam bairros e comunidades populares. É um local referência no nordeste em diversos setores como saúde, comércio e tecnologia da informação.

Recife mexe com a imaginação dos visitantes e, principalmente, de quem mora aqui. Gente que consegue apreciar todo o sabor da capital pernambucana. A urbe tem gosto de quê…? De camarão? Do caldinho, dos bares e das rodas de amigos? A cor, o cheiro, tomando conta dos mercados de São José, de Casa Amarela e da Madalena? Os coqueiros, o sol, o mar, as praias do recife! As padarias onde o dia começa para milhares de recifenses.

O gosto doce das celebrações e datas importantes. O Recife do Galo da Madrugada, dos festejos juninos, do ciclo natalino, das ruas lotadas durante as festas da padroeira e do Morro da Conceição, do aniversário de 473 anos. E aniversário traz gosto de bolo. Não qualquer um, porque também não pode ser achado em qualquer lugar: o bolo de rolo. “Ele é tradicional em Pernambuco e com certeza vai representar muito bem o aniversário do Recife”, garante a balconista Chimenes da Silveira.

Apesar dos problemas inerentes a quaisquer cidades grandes, Recife e Olinda possuem um charme característico de cidades históricas. “O presente que não esquece o passado”, as tradições e as raízes culturais lembram isso. E, neste 12 de março, nem é precisava eu dizer que minha saudação especial era para estas duas coisinhas lindas!

 


Referências:

- http://portalolinda.interjornal.com.br/h…
- http://www.folhape.com.br/folhape/materi…
- http://www.meus365dias.com/2010/03/recife-e-olinda-festejam-mais-um-aniversario-em-2010.html


Para saber mais:

- http://www.horadobrasil.net/index.php?option=com_events&task=view_detail&agid=145&year=2010&month=3&day=12&Itemid=37
- História do Recife e Hino da Cidade: http://www2.uol.com.br/JC/sites/recifeolinda2007/historia_recife.html
- História de Olinda e Hino da Cidade:  http://www2.uol.com.br/JC/sites/recifeolinda2007/historia_olinda.html


Vídeos legais:

- Recife/piano: http://www.youtube.com/watch?v=lFCQ5rGTVOQ

- Olinda/violão: http://www.youtube.com/watch?v=Dsi1_gcL1bs


Programação para hoje:

A programação começa logo cedo e se estenderá até a madrugada, com os shows de diversos artistas, no palco armado em frente à Prefeitura de Olina e no Marco zero (Recife Antigo). Clique aqui e confira a programação.

Veja  mais à respeito: 




Doido de Amor

quinta-feira, 11 de março de 2010

 

Este é o 3º artigo em homenagem à

Semana da Mulher,

quando me desvio um pouco do foco deste blog, expondo poesias com temas voltados em mulheres ou baseadas em questões de amor ou de apego por elas. É um desvio irrisório e, dependendo do uso das palavras, bastante merecido! É o que eu tento… nem sempre acerto… Mas não desisto.

Vamos lá, então:

 

KY - Doido de Amor 

DOIDO DE AMOR
Thúlio Jardim, 07/09/2007.

Eu sou doido
Doido eu…
Não deixo de ser
As mulheres me encantam
Me fazem de bobo
Eu fico louco
E não é pouco
Sou muito louco
Louco não deixo de ser
Atiro pra tudo que é canto
Canto qualquer uma que vejo passar
Mas a minha mira é muito ruim
Todos os tiros se perdem no ar
Meu Deus, por que me abandonastes?!
Isto foi tiro pela culatra
Meu Pai, meu coração não agüenta mais
Acho que vou é morrer
Não vai, oh meu Pai,
Não me deixe
Tanto sofrer…
Meu Pai, pelo amor de deus,
Deixe para mim só amor
Eu já não agüento, pois,
Tanta dor…
Me traz, por favor, alguém
Que me complete
Não me traz alguém que
Me trate como chiclete
Que me mastiga e me cuspa
Me pisa ou me chuta
Me traz alguém…
Que me trate bem
Que não me maltrate
Que me tire deste martírio
Que me dê um trato
Que me faça um agrado
Que seja louca, uma mulher…
Muito louca, totalmente louca
Toda doida, completamente doida

Maluca por mim!

_________________________________________

 

Aproveitem e escutem essa música, combina com o que escrevi, em parte:


Notem que, quando o vídeo está nos seus 3:26, aparece a palavra “GOTHIKA”. Parece mensagem subliminar, mas esta é uma propaganda bastante direta do Filme de terror/mistério de mesmo nome. Cuja sinopse e trailer vocês podem ver aqui. A versão em espanhol do trailer é boa e também muito bem-vinda, eu recomendo!

 

KY - Olhos Azuis

 




Semana da Mulher

quarta-feira, 10 de março de 2010

 

Dando prosseguimento ao artigo anterior, sobre o Dia Internacional da Mulher, eis que resolvo instituir a

Semana da Mulher.

Estendendo a celebração, mesmo embora saiba que o tema “não bate” muito com o que se dispõe a tratar este blog. No entanto, a fuga é pequena e compreensível. Já pensou se, além da distância da minha amada, eu tivesse uma atitude indiferente neste momento? Seria um rato ou covarde. E as penas que poderiam advir por conta disso? Incalculáveis! Se fosse contigo, sabendo-se disso, o que iria fazer? Enumerando-se, ainda, que um dos castigos provavelmente seria a abstinência do sexo ou, quem sabe, o risco da apatia (ou de uma tapa bem dado) justo daquela que é a mulher de sua vida!? [Que pode ser mais de uma, usei o singular por convenção. Pois eu mesmo tenho duas: a já referida e a minha querida mamãe]

Pelo que eu disse, ainda que em litotes, e por outros muitos motivos mais fortes, além da minha admiração pessoal pela figura feminina, reservei a esta semana uma atenção especial a elas, com poesias ou prosas poéticas. Vou começar com uma feita ontem, e intitulada “Um Ser pro Outro”. Amanhã ou depois, até finalmente o próximo domingo, será terminada tal homenagem. Não que eu não quisesse continuar, mas porque não há razão de acrescentar o que já evidencio tanto.

 KY - Semana da Mulher

Um Ser pro Outro.
Thúlio Jardim, 09.03.2010



À minha amada,


woman, mujer, femme, donna, frau, mulher. Não importa o idioma, não importa o país. Em qualquer lugar do mundo, mulher, você é sinônimo de amor puro e leveza. Canção suave, fé, força e coragem. Tal que me protege e ainda faz melodia que me abate. Por isso, eu te amo tanto, sabia!?… e quanto amor!!! Que maior não há outra certeza. Que ultrapassa noites e dias. Você é a interminável belezura! Foi, no meu coração, tão certeira. Eu digo isso, apesar da minha normal curteza. Tu és MINHA!!! Ah, me aguarde… És toda alegria que eu continha e não conhecia… tamanho alarde! Até me sentia inseguro, pois você para mim parece muito, e eu não sei se tenho direito.

Mulher cortês que eu cortejo, não sei se mereço… mas quero curti-la. Deixar de lado minha cordura, se você me ensina. Conheço que tens muito apuro, coisinha linda! Então, eu clausulo isto, você assina… para sair comigo desta clausura - oficina do diabo - não combina contigo, menina pura! Assim como o claustro é exagero. Aprôo praí, esqueço da praia e da zona. Lambo teus pés, feito um anjo caído ao chão. Para que não ales, como aivão. Eu quero você próxima, para ser teu guardião. Cobrir-lhe de proteção, com apelo pro colchão das minhas asas - pêlos de Velocino.

Mulher nada açordinha, tira-me a acedia. Vem com velocidade, açodar-me de tesão o coração. Dá-me o cabeço na sua fortaleza, para o começo da minha firmeza, e serei rochedo lançado nas vagas da lassidão… sem nenhum tédio, sem sacrilégio. Mas te assédio, sou sequioso. Desejo-lhe das mãos aos mento, palato, beiços e pescoço… Aí que gostoso! Careço demais deixar de ser tímido, lançar no ar esta dor que me abaúla e me tira a paz. Faz tempo demais… Que, inclusive, a quem está perto, amofina. Desgraça-me a mim, e para os outros são as maiores disgras.

Desconheço alguém mais feliz do que o contíguo a ti, sorriso num instante se faz estonteante… enquanto te fita. Mesmo parecendo ditério, esta falta de retorno. Alguém com mais ardor ou amor mais do que eu, que para conter se precisa de uma jaula; se há, é ignoto de todos! Ou está para nascer. O fato é que o meu sentimento é maior, que o futuro, que o tempo que foi tanto, esperando-te, confiante. Fora maior que tudo, confinado a sete chaves, sitas no peito, cito pro mundo! Não há coiso agora neste mundo, que tendo igual sentimento confiado a alguém, que não se sabia sequer a quem, quando te viu… foi mais ditoso. Suspirou fundo, transpirou rios… Depois se decidiu, na manha, num simples ‘psiu!’… se fez ser visto. E, ainda, nem era o amanhecer.

Foi coisa pouca, mas suficiente para a paixão profunda. Exatamente quando o findo absurdo da solidão fez-me verter lágrimas de encanto, ao ver o ser completo se formando: debaixo d’água, era ela e eu… retirando ao mesmo passo, passo a passo, as peças de roupa. Não era reflexo meu, era mergulho no diáfano, não era ilusão, era um banho de alegria neste buzico lesão. Pois estava bobo, na claridão dos meus olhos, em meio àquela escuridão. No momento em que se impôs a maior contradição, ao se exterminar uma das propriedades da matéria, na mais elevada coesão! Logo empós ver você e eu, eu e você… nós dois a dois, nós dois a sóis… ao léu sob os lençóis da lua mais alba… na cacunda do oceano, de ondas ufanas e iracundas… provando sal antes do sol, sentindo um do outro o albafar do fanatismo e, depois, da voz repleta de brandura. Voltados exclusivamente um ser pro outro, já sem lufa-lufa… fomos os fãs da afabilidade - tão vultosa luz. Justo quando, nus… tornamo-nos ‘NÓS’!”

 

Thúlio Jardim. 2º artigo, Semana da Mulher.




O Dia Internacional da Pessoa

segunda-feira, 8 de março de 2010

 

Um filme sem SEXO. Feito para o Dia Internacional da Mulher, desejando que ele fosse para o

Dia Internacional da Pessoa

 

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