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Inpirador…






(1) "[...] Que tristes os caminhos, se não fora a mágica presença das estrelas! " < Mario Quintana >


Mas...

(2)
"É necessário ter o caos aqui dentro para gerar uma estrela." < Nietzche >

As Primeiras Férias do Blog

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010





"Amigos, irei dar uma volta pela caatinga, tentar encontrar folhas verdes, flores coloridas, que resistiram ao luciluzir do sol e a sequidão do chão."  (Thúlio Jardim)

Volto em janeiro de 2011.

Querer Demais

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Este artigo foi publicado, inicialmente, no blog Kara Ystúpido.

Eu sempre quis ter um espelho de teto. Acho até que vocês já notaram certa fixação minha por este singular objeto. Afinal, já postei em algumas vezes referências a este “vidro” ou ao meio no qual surge a primeira impressão que geralmente as pessoas se importam em ter, quando vêem alguém. Sinceramente, não nego que tenho lá também o meu jeito narciso. Contudo nunca, em hipótese alguma, coloco a beleza num balde, como cimento primário para o baldrame de uma amizade ou, quem sabe, de um incipiente amor. Entretanto e embalde, muitos são os tipos que fazem da aparência o recipiente único a ser preenchido.

Mas voltemos ao assunto do espelho de teto. Já pensou, amigo?! Hum… Imaginou-se a chegar a sua casa depois de um dia cansativo no trabalho, depois daquela atividade física exaustiva para perda de peso ou, talvez, de um simples pedalar de bicicleta ao lado de quem se ama… e, mal tirando a meia, deita-se na cama e num cruzar de pernas derrama todo o seu ardor na companheira? Faz cócegas e carícias no calcanhar, pede pra garota não tirar de ti o olhar, enquanto vê o cintilar do sorriso dela em sua morada? Então, chama a coitada de cadela, em vez de namorada, ao passo em que segura suas ancas e coxas e, pelo ventre, se resvala? Naquele clima ardente, juntando-se à saliva misturada, une as duas bocas e, de repente, ela não mais fica apavorada? Que coisa louca e séria! Seria aquela agonia tão boa e sincera… aquela perda da força, um deleite! E da roupa, a perda sem usar-se a força - bastaria um par de gestos. Jesus! Faria até sinal da cruz, se não fosse dito pecado a junção carnal sem compromisso.

Tudo isso porque selecionar-nos-íamos na ânsia da primeira vista, estando ligados por uma espécie de química que nos pregou - nurzinhos – a notória surpresa. E assim TÃO LIGÉIRO ESCOLHERÍAMOS, entre quatro paredes e um espelho, nos unirmos apesar do que eu disse anteriormente. Rolaria ali e assim mesmo! Sem tempo para elegermos a dedo o nosso primeiro caso de amor, que poderia ter sido bem melhor, igual à idealização que as mulheres dão ao seu primeiro, comumente. Só que nesta cidade campesina, onde há poucos lugares e sorte tão pequena, onde a minha garota é divina, de mente acatada e em alto grau apreensiva… seria querer demais. ;-p

 

KY - Espelho de Teto

Ela que é muito bela

sábado, 14 de agosto de 2010

 

Este artigo foi publicado dia 14 de junho de 2010, no blog “Kara Ystúpido”.

 

KY - Jacy Souza e Thúlio Jardim

Jacy e Eu, desenho artístico de Márcio Santana. Levemente editado por mim, usando o Photoshop.


“Passei o dia com teu céu. Lá fora choveu. Em mim fez sol. E você, minha flor, não era terrestre. Era o arco celestial.”


Justo hoje, no Dia do Cardiologista, eu a conheci. Ela que operou um milagre em meu coração. Fê-lo palpitante, como se eu estivesse numa das danças mais contagiantes, análoga a do frevo. E quem diria: exatamente agora, aqui no Recife, também é o dia de tal celebração! Sim, meus caros, apesar de a força do Carnaval se concentrar somente em fevereiro, mês do meu aniversário, a data presente serve igualmente de homenagem para esse ritmo musical, com marcha, maxixe e elementos da capoeira, com o frenético movimento das pernas que se dobram e estiram, e com os instrumentos típicos da orquestra – requinta, clarinetas, saxofones, pistões, trombones, hornos, tubos, taróis e o surdo. Porque o Recife tem seu próprio Dia do Frevo, escolhido com preito. A “Veneza Brasileira”, “Cidade Maurícia”, “Capital do Nordeste”, minha cidade natal e, claro, a progenitora do frevo, assim como a cidade de Olinda, são fecundas em cultura e tradição, levando no peito o emblema dessa colossal paixão, que completa mais de cem anos e traz alegria pra qualquer ser humano.

Só não é mais sobressalente que o amor que eu tenho por aquela que desvendou a alegria do meu olhar aparvalhado, como se esse passasse a existir apenas daquele momento em diante. Antes dela, era o crepúsculo total de um cego! E havia uma eterna abertura em minha alma, um sedenho que me impedia de ser a metade doce da laranja de uma possível companheira que nunca tive. Até o dia em que conheci a Jacy

Já estava na hora de uma amante aparecer para esse pobre diabo! Eu que não acreditava em anjos, eu que nunca tinha avistado um único brilhante, como crer naquilo que se punha diante de mim, afinal? Seria um delírio!? Não supunha ter tamanha sorte, jamais! Porquanto, naquela ocasião, na minha frente, havia um diamante reluzente, uma figura angelical. E fora ela quem me tirou das estatísticas de que, a cada ano, centenas de milhares de pessoas em todo o mundo morrem de morte súbita de causas cardíacas. Haja vista que, doravante, eu não mais experimentaria dores de amor. Aquela mulher a qual eu quis o gosto, no dia 14 de agosto – em que a conheci -, e que, bem antes de um beijo obsecrado, as minhas preocupações delira - com um simples sorriso! -, foi a responsável por exterminar a minha tristeza em ser sozinho. Meu coração se aquietou, nesse sentido, quando ganhou um beijo depois de um significativo olhar. Provavelmente, nesse olhar, cheio de picardia e malícia, tudo já havia começado.

Tinha sido a primeira vez que em meu interior reinavam, harmoniosamente, a bradicardia de uma serenata e a taquicardia do enleio amoroso, num só tempo! Como explicar??? Somente por meio de metáforas, pois. Eram ali o rei e rainha de mãos dadas, os opostos se complementando, ventrículos esquerdo e direito compartilhando o mesmo lugar no espaço. Apenas lamento por ela ter demorado tanto para surgir! E é realmente uma pena ela estar em outra cidade, tão distante de mim, nesta data especial. Sinto muitas saudades, mas sei que este período que passamos um do outro apartados, por terras longínquas, ainda trará muitos dividendos e felicidade para ambos. Tenho certeza que, de minha parte, saberei suportar a dor desta separação passageira, pois tenho confiança nela, pois tenho confiança no meu amor, no amor dela, no nosso amor! Sei que esse sentimento é maior e mais forte do que estas centenas de quilômetros que nos separam, e sei que, quando eu regressar, saberei compensar este período de ausência.

A certeza é tanta, se não fosse eu nem tinha firmado um compromisso, escrito alguns poemas pensando nela, entregue carta, anel e outros mimos, se eu não gostasse tanto de sua pessoa, eu não teria dividido com ela minhas angústias, pedido a mão e toda a sua atenção, com muita manha. Na manhã seguinte a do dia em que cheguei a Floresta-PE, neste ano, durante minhas conjeturadas férias de junho, logo fui preparando a surpresa. Na verdade, a primeira de uma série, que serviria pra encobrir algo maior que estaria por vir no Dia dos Namorados. Lembro, inclusive, que neste dia 12 de junho de 2010 eu escrevi um artigo neste blog, praticamente sem dizer quase nada, a fim de aumentar a curiosidade dos colegas. Havia prometido revelar do que se tratava, mas somente após o meu regresso ao Recife. Como já faz bastante tempo que estou aqui, já tá no momento de fazer a revelação.


KY - Para Toda A Vida
Primeiro, em um papel envelhecido, um poema escrito para ela, intitulado “Para Toda A Vida”. Que lhe dei poucos dias depois deu ter chegado lá, em Floresta do Navio, aproximadamente por volta do dia 8 ou 9 de junho. Caso esteja interessado(a) em lê-lo, clique na figura acima e use a lupa. Junto a esse papel, ofereci uns presentinhos, queria eu aparentar que não havia planejado nada pro Dia dos Namorados – deixando a cargo dela essa tarefa – quanta mentira! O que era mais sério estava reservado para esse dia. Uma cartinha junto a um par de anéis, entregues em Itaparica-PE. Na cartinha, um poema escrito a mão, cuidadosamente, em letras douradas. Que dizia:

KY - Anel

“A cor da aliança
É de ouro em prata reluzente
E eu te dou como compromisso
Junto aos meus melhores sentimentos
Que afloram feito a chama
Num sorriso: o mais luzente e permanente.

Isto tudo é meu acordo, não uma trama
Para te levar para uma cama.
É meu eterno acerto, sem divórcio,
O enternecedor concerto eviterno!
E antecedente de uma data magnânima
- Aquela grata, comovente… santa! -
Do nosso futuro: o casamento.”

 

Sendo assim, nem precisava eu acrescentar pra ela que encontrei nela toda a ventura e aventura que alguém possa sonhar. Mas, ainda assim, falei. E, com muita convicção, frisei que ela encontrou alguém que não vai medir esforços, nunca, para fazê-la a mais realizada mulher, em todos os sentidos. Eu me sinto tão orgulhoso e feliz por tê-la comigo, por ela aceitar-me como seu namorado! Ela que é muito bela e é sempre muito agradável olhar para ela. Principalmente porque ela convive com esta qualidade inata de forma serena, sem deixar-se dominar pela vaidade ou por arroubos frívolos e, por outro lado, jamais se coloca de forma pouco elegante, esteja no ambiente em que estiver, no colégio ou no lazer. É leal e muito séria, porém não perde o bom humor, é sabido por mim, é sabido por todos ao seu redor. Quantas vezes já me beliscou e fez piadas!? Ah! Ela é minha querida e me “judia”. E falar que estou com saudades dela, até de seus beliscões, não lhe faria muita surpresa, pois ela sabe que eu sempre estou com saudades, verdadeiramente. Sei que, hoje, ela está longe de mim e que essa distância que nos separa é fruto de uma circunstância alheia à nossa vontade, por isso precisamos ter paciência…

Aguarde-me, valiosa Jacy, e fique despreocupada! Ainda esse ano eu te vejo, eu te puxo, eu te beijo, e eu te darei toda a minha exação.

De coração,
Thúlio Jardim.

Pai, Santo Sem Prece.

domingo, 8 de agosto de 2010

 

No Brasil, comemorar o Dia dos Pais partiu do publicitário Sylvio Bhering e foi festejado pela primeira vez no dia 14 de agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família. Sua data foi alterada para o 2º domingo de agosto por motivos comerciais. Agora, como surgiu o primeiro Dia dos Pais do mundo, e como virou mais uma data comercial em algumas regiões, não importa! Porque sabemos principalmente do quanto precisamos lembrar mais dele, ter respeito, carinho e atenção cotidianamente, e também porque, independentemente do seu lado comercial, esta é uma data para ser muito exaltada, nem que seja para dizermos um simples “obrigado” àquela figura protetora. Com presentes ou não, os pais agradecem!

Fiz outra homenagem, em poesia, no intento de agradar a todos os pais; estendendo assim o carinho sem ditar a quem, sem dirigir somente ao meu paizão, como fiz na postagem anterior. Queria, dessa vez, compartilhar com todos vocês! Os versos foram escritos em 05 de agosto de 2009, com a devoção de quem os faz como para um Santo. Tenham, meus amigos, um ótimo Dia dos Pais, e boa leitura:

 

KY - Pai, Santo Anjo!

 

Do Filho para O Pai
Thúlio Jardim, 05/08/2009


Essa é uma homenagem que faço
A todos os pais de todos os filhos
Que tragam assim consigo…
Um carinho que em mim é imenso…
De bom grado demonstrado por ele
E deve ser desse jeito só nosso, recíproco!
Pra sempre o meu dever é para com ele
Que eu, enfim, de amor então o perle
E revele a paixão e enfie naquele seu grande cerne
Até que ele se atrele sem pressa ou me peça pra ficar junto

Há tanto tempo ele se tornara santo sem prece… há quanto?!…
Daí que esbanjo as minhas singelas, mas precisas, palavras!
E conto pra todos e com todos conto sem prantos
Pra cantar toda esta paixão sincera, esperanto!
Todo esse amor para ele exaltado sem espantos!
Esse amor que está aqui falado…
Amor que é o cheiro dele amado…
E o nosso por ele logo fairado.
Por isso o quero comigo bem próximo…
Trazê-lo no corpo como tatto gigante, quarado!

Vou ainda mais longe e peço pro povo
Fazê-lo feito anjo no altar bem exposto
Para que possamos exaltar este ser agora mesmo.
Pois ele eu manjo e você também deve… Por que não?
Nós faremos ele feliz na alma, pele e em todo coração
Haja vista que pai é quem cria e nos traz pro mundo, tô certo?
Jamais nos trai, eu o conheço e sei que zelo!
A vista dele para mim é um charme que me chama
É demais! E sei que ele é mais, muito mais…
Do que eu penso saber quando estou perto
Ele é a pessoa doce para a qual eu de bandeja entrego
O manjar dos deuses e este mar de estima em letras adoçado!

 


 

E aí? Você gosta de seu pai, biológico ou não? Valoriza-o tanto quanto a sua mãe? E se realmente lembrou-se devidamente dele neste domingo – Dia dos Pais – deu-lhe algum presente, certo? Sei: um abraço ou um telefonema, isso também conta, vai lá… Eu mesmo tive de ligar pro meu, neste instante, pois ele mora distante. Mas eu não só falo o quanto ele é importante neste dia não. E você? Prende-se a isso, só por etiqueta?!

Para mim, não é preciso ser Dia dos Pais, e não faz sentido tal cerimônia se a gente esquece dele nos demais. Contínuo, pois, deveria ser o nosso agradecimento, ou o empenho em tirar dele um sorriso qualquer. Contínuo como é o sentimento de orgulho que eu tenho e trago por ele, que eu não guardo, digo, que eu exponho! Guardar eu o faço, no sentido de conservar. Deixo aqui, então, para terminar o meu singelo recado, um grande abraço - só dele!!!

Dias dos Pais em Vídeo e Verso, Prosa e Email

 

"Não me cabe conceber nenhuma necessidade tão importante durante a infância de uma pessoa que a necessidade de sentir-se protegido por um pai." (Sigmund Freud)

 

Esta poderia ser uma história real. Mas é um post de ficção. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.

 

Era uma vez… o meu pai.

Calma aí, que ele não morreu! Essa é apenas a abertura pra essa prosa. Depois eu chego ao verso, que diz algo dele e sentimentos meus, imaginando estes como se estivessem sendo recebidos por escrito, por ele, em sua caixa de e-mail – a qual meu pai não tem!

Digamos que nesta semana, na véspera do Dia dos Pais, ele tivesse feito, resolvido obter, e checado o seu email imaginário. Em todos estes anos, sem nunca ter lido sequer uma carta dos Correios em tom especial, estava ele, agora contente, abrindo o seu notebook – este sim… menos real ainda! ;-p Quem o conhece, sabe o quanto ele fica exultante de felicidade, quando encontra o que quer ler, inda mais sendo escrito por seu “filho preferido”. Novamente, devo alvitrar que as palavras deste artigo não devem ser levadas ao pé da letra, daí as aspas.

Espargindo suas lágrimas, foi ele rolando o documento, enquanto o teclado molhado ficava. E o meu pai fincava o pensamento em mim, apesar da imensurável distância. Às vezes até fazia um sinal de negação, tanto pela estrada de terra que nos separava, como se, também, a retorquir alguns dos palavreados meus. Na verdade, parecia ser mais esse segundo caso. Ele discordava deu dizer que era um filho ausente e que, por muitas vezes, não retribuía o carinho que me doava tão seriamente, e serenamente. Afirmava, ainda, que eu nunca me demonstrei uma pessoa alheia, nem menos tinha alguma inópia na forma minha de externar a afeição. Esburgava assim, da minha pele e alma, qualquer mancha ou marca fantasiosa que viesse a me preocupar.


KY - Email de Dia dos Pais

Quando ele respondeu o correio eletrônico, deu pra sentir no meu ombro um velicar – sinal do quanto ele achava uma inépcia eu falar sobre minha “impossível” inércia. Coisa que ele frisava depois, em uma réplica, por eu insistir em denegrecer minhas atitudes, digo, falta de atitudes! “Você é um filho excepcional. Sim, que fala pouco, mas isso nunca denotou como algo ruim”, me confortando. “Mas… Mas… Mas nada! Já te disse o quanto gosto de ti, filho amado!”. Sentia daí um forte beliscão, de novo. Eu, de imediato, lembrei do Lula com a “sua” lei contra as palmadas. Afinal, dependendo da forma, isso dói mais que a palmada e seria, portanto, errado. De todo jeito, por atavismo, eu faria o mesmo com o meu filho, se eu tivesse algum. E, quer saber? Palmada na lei!

Mandamento pra ser seguido, mesmo, é o de HONRAR PAI E MÃE. Essa ordem realmente não está condicionada a nada, é uma ordem de Deus, do quarto mandamento. E ponto. Quem cumpre é mais feliz independentemente de ser  correspondido em igual proporção ou não, é mandamento acompanhado de promessa, vida longa e prosperidade e também de realização interior (eu amei a pessoa mais importante da minha vida) e é claro não estou esquecendo da Mãe,  mas nesse caso falo daquela voz grave, da mão mais pesada, dos abraços que até machucavam um pouco, dos passos mais largos, da ponta da mesa, dos ensinamentos  “de homem pra homem”, e da frase celebre “VEM CÁ…”, antes de alguma bronca. Isso marcou ou não!? Pois claro. Mostrando-nos maturidade, ensinando limites e nos fazendo respeitar os direitos dos demais.

A maturidade que nos permite “olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranqüilidade e querer com mais doçura”, já dia Lya Luft. E doçura meu pai tinha de sobra, toda vez que colocava aquela frase na minha frente, de que eu morava juntinho do seu coração. [Hehehe…] Poucos têm tal sorte, são muitos de nós que não trazem boas memórias dos pais. Alguns pais são sinônimo de violência, abuso e rispidez. Outros se apresentam mais como desconhecidos, ou quase isso, do que como pais válidos. Eu não sei você com o seu, se é tão formal, mas não tem preço o modo como o meu me olha sem frescura e me socorre sempre quando tô triste. Como é que pode em alguém existir inconcebível força e contemplar tão penetrante? Ah! Como persiste a lembrança do olhar e daquele silêncio trazendo alívio! Sem precisar de mais nada, dava-me um sorriso e me acalmava.

Claro que nem tudo isso é ficção, mas o contexto virtual da estória é – o email não passa de um exercício da imaginação. Como eu disse, qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência.

Quanto ao anexo da mensagem que enviei “por email” ao meu pai, a tal poesia, mostro-lhes abaixo, sem a conversa. Posteriormente, derivando dessa poesia, fiz um vídeo, intitulado “Pai, Pura Paixão!”. Aproveitem para dar uma olhada e comentar, acho que vocês irão gostar. Por fim, é isso! Encerro minhas palavras, por este instante.

 

 

 

 

Thúlio Jardim. Recife, 08 de agosto de 2010.

 

 

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ANEXO

Pai, Minha Paixão!

Poderia até falar mais, falar bonito
Mas, cara, sei que posso falar livremente contigo
Aquilo que preciso te dizer
Não preciso dizer bonito
Cara, realmente posso falar livremente contigo

Pai, você é a minha paixão!
Nos seus ombros é onde sempre me apoio
Você sempre me levanta do chão
Nunca tira de cima de mim os teus olhos
Sempre está prestando muita atenção

Preocupação vai embora sempre que você vem
Vejo que posso confiar em você
E você confia em mim mais do que ninguém
Pode e pede sempre para que eu não descole
Perto posso ver que também quero ficar de você

Pai, te amo pra carái! Preciso te dizer…
Que não preciso dizer nada quanto estou perto de você
Lanço um sorriso grande e manso você sempre é
Nunca pensou em levantar a voz comigo
Mas sempre me levanta do chão quando eu preciso

Por isso tudo, que te quero
Sempre perto, sempre junto
Mudo posso até ficar…
Mas não mudo o meu jeito de ser
Pois meu silêncio já diz muito
Quando estou com você

Peço que nunca chegue a hora
De você ir embora
Pouco sempre é o tempo
Quando estou do seu lado
Ausculte este meu coração, então…
Vai ver que por você sou apaixonado

Ingrato é o mundo
Quando me afasta de você
Tudo parece escuro
Quero sempre te ver
Brigo com o mundo se for preciso
Pra ficar junto de você

Até parece que não quero parar de falar
Prezo o silêncio, digo, às vezes, que tanto
Mas sempre me pego não querendo parar de falar que eu te amo
Mas, também, posso dizer que calar com você… calar já diz tanto
Por isso, nem preciso dizer… o quanto eu te amo

Oh, pai
Você é o meu escudo
Olha praí, que lindo!
Com você me protejo do mundo.

 

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VÍDEO:

 

 

 



Link de referência:

Blog da Equipe Vocacional Canção Nova | Feliz Dia dos Pais!!!

Sofrimento Nada Espúrio

domingo, 1 de agosto de 2010

 

Este artigo foi publicado hoje, no blog “Kara Ystúpido”.

Hoje é aniversário da minha mãe, queria aproveitar e mandar um beijão para ela! Devo dizer que já falei bastante dela, no sentido do “muito”, não no sentido de que falei o suficiente! Ela merece mais demonstrações do meu afeto, é verdade, mas como o Dia dos Pais já está chegando… prefiro externar este sentimento que tenho por ela em outra oportunidade. Sendo assim, peço que releiam as declarações de carinho que fiz em outras postagens, como em “Mães escrevem certo por linhas tortas” e “Quem disse que o Dia das Mães já passou?”.

Nesta ocasião, vou reservar espaço para escrever um tipo de texto que se aplica melhor ao contexto daqui: a poesia de tristeza e superação. Sabendo-se que o que me embalou para isso foi os comentários snobes de alguns colegas meus, pseudointelectuais, ao dizer que eu estava, com muuuita frequência, fugindo do temaobjeto desse blog. Para ser franco, eu não fiz isso! Haja vista que em momento algum me dispus a mostrar apenas o lado ruim da (minha) vida. Temas tristes, claro, haverá e muitos! Mas até pra quem é leigo, é possível entender que ninguém no mundo é 24 horas triste.

Os psicólogos e outros “doutores da mente”, inclusive, não dizem nunca, nem há essa brecha na Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, aqui no Brasil nomeada atualmente como CID-10 (é a décima edição), em seus códigos F00 a F99 que tratam dos “Transtornos mentais e comportamentais”, especificamente em F30-F39 [provavelmente, o ponto cardeal desse blog!], que lida com os “Transtornos do humor [afetivos]”, algo que pudesse ser traduzido como “foi sempre triste”, “é sempre triste” ou “será sempre triste”. Por isso a razão de se utilizar tanto palavras que não venham a ser contraditórias, a exemplo de “episódios”, “recorrentes”, “persistentes”, “bipolar” etc. Algumas até mesmo vagas.

Ah! E deixo manifesto também que a última postagem do amigo Low, intitulada “Reset”, serviu de estremeção para que eu me mexesse e trouxesse algo original para cá. Sobretudo a parte em que ele faz referência a uma “folha em branco”. Vocês perceberão melhor do que falo, adiante, na 7ª estrofe. Observem atentamente, pois eu termino assim:

 

SOFRIMENTO NADA ESPÚRIO
Thúlio Jardim, 29/11/2008.



Eu, somente eu, com a minha dor enorme
Na luta p’ra domar o leão do amor
Coração desolado, ah, como sofre!

Por que bates assim, coração?
Que aperto é este? Que ansiedade…
De onde vem tanta inquietação?

Sim, eu sou homem e choro
Não sigo nenhum tipo de estereótipo
Acho que não sou desta era…

Quem vive neste mundo cão
Sofre bastante com a desilusão
Que sente vontade de também ser fera…

E eu sou fera ferida, que sangra
Como um trovão, a tristeza ribomba
Eu sou aquele que ficou sozinho…

Do coração que geme, batidas fortes
Começa a contagem regressiva p’rá morte
A vida que se abrevia sem carinho…

KY - Folha em BrancoPergunto: onde estão as palavras?
Olho a folha em branco…
A inspiração não vem.

P’ra chorar, queria mais lágrimas
Prantos sobre prantos…
Que os guardava tão bem.

Vou lhe dizer que não sei o que fazer
O que será de nós nesta distância?
Sinto uma dor aguda no peito
Coração que não sai da garganta!

Pude sentir a brisa fria da morte
Não tenho mais nenhuma volição
Punhal fincado nas costas
Será tarde para aprender uma lição?!

Num coma profundo, coração dorme
Nem toda minha existência foi sofrida
Este poeta que belas palavras anotava
Hoje se encontra sem rimas, sem guarida…

Em leito de dor, no hospital, me vejo paciente
Nos meus delírios, era por ti que estava doente
Teu nome chamei, tu estavas ausente
E a minha vida se indo, impiedosamente

São lembranças tristes que trago
De um sofrimento nada espúrio
Hoje me sinto forte, recuperado
Desprendo-me de todo meu passado
Deixando cada vez mais inadequado
Este anseio louco de abandonar tudo.



Reset

sábado, 31 de julho de 2010

 

KY - Reset 

Sabe, o mês está quase terminando. Toda vez que isso acontece, é como se eu apertasse “reset”, começando uma nova partida. Isto é bom, muito bom: dá-me ânimo! Uma sensação de que não preciso esperar um ano, até dezembro, para fazer minhas promessas.

Estive, há muito tempo, assim, esperando… Sentia-me sozinho, acomodado, sem planos. Como se, na frente, houvesse uma folha em branco; e não me vinham palavras pra expressar a alegria, que, de côngruo, era desconhecida. Posto que a tristeza, essa sim, era presente, merecida; Devido a minha anestesia, que não me impedia de chorar, representando apenas a inércia que tinha em meu olhar. Como explicar essa inércia, nada quieta? Que agia por demais, levando-me a lacrimejar? Ela era parte do sistema lacrimal daquela época.

Mas tudo que acende, apaga. Tudo que nasce, morre e abisma. Nada é inacabável. E o que esteve longe, está mais perto hoje. Veio trazer razão, emoção, para eu ser diferente, ledo. Desabituou-me da falta de movimento, de quando lerdo. E fez eu segurar suas mãos, e desabotoar o indumento dela, de uma vez. De amor completar o meu mundo; das feridas, esquecer-me. E alvejar o papel com versos brancos… Que ninguém nunca manifestou, igualmente.

 

 

 

Low. Recife, 31 de julho de 2010.

O Talento que Tenho

domingo, 25 de julho de 2010

Este artigo foi escrito por Low, no blog Kara Ystúpido.

 

“São longas as madrugadas sem te ver
Delonga o tempo para passar
Daí o talento que tenho é escrever
Para pôr no papel o meu soluçar”
 
(Thúlio Jardim, 17/03/2009)

 

KY - Papel e Lágrimas de um Escritor



Começo com estes versos simples, quase tristes, de autoria do meu amigo Thúlio Jardim. É um trecho de um de seus tocantes poemas, sendo que o título dado por mim não é o mesmo da obra original – essa sim bastante triste. Para quem por acaso não sabe, o meu amigo é um verdadeiro escritor e hoje é o dia dele! Dia Nacional do Escritor. Se bem que eu pense em citá-lo outras vezes, sobretudo no Dia do Poeta, por ser mais emblemático, mais peculiar ao seu talento de versejador.

Tal data de hoje, 25 de julho, foi definida como Dia Nacional do Escritor através de um decreto governamental, em 1960, após o sucesso do I Festival do Escritor Brasileiro, organizado naquele ano pela União Brasileira de Escritores - UBE, por iniciativa de seu presidente, à época, João Peregrino Júnior, e de seu vice-presidente, o célebre escritor baiano Jorge Amado.

Quanto ao ato da escrita em si, é razoável perceber influências diversas, por se tratar de uma prática que remonta tempos antigos. Nas conversas de internet e nas mensagens do Orkut, observa-se, já há um bom período, para título de exemplo, o surgimento do Internetês, que nada mais é que uma forma específica de se comunicar, cuja característica principal é a simplificação de palavras. No entanto, há quem discorra, erradamente, que esta simplificação é uma característica do andamento atual, oriunda da modernidade e da indisponibilidade dos humanos – aprisionados à pressa do agora.

Na verdade, na verdade verdadeira [não tem aquele ditado que diz “uma mentira contada mil vezes se torna verdade”? Pois então, não me corrija! Lembre-se, ao invés disso, de ler também o link recomendado por mim, ao final desta postagem], isto já era visível desde os primeiros séculos da história do Brasil, em abreviaturas de documentos, e dentre os fatores que contribuíam para esta ocorrência estavam: a falta de recursos em adquirir materiais, como tintas, papéis e plumas, em razão da distância entre Portugal e a colônia, e a ausência de um sistema ortográfico oficial para a língua portuguesa.

Escrever, apesar desses empecilhos, e de nos tomar muitas das horas, nunca deixou de ser útil. Podendo ser não somente uma das formas de sustento familiar, isto é, um ofício, como, ao mesmo tempo ou não, um passatempo, uma forma de desabafo, uma manifestação artística e do pensamento. Enfim, uma infinidade de coisas! Que se derivam do enlace entre papel e escritor. Desde as mais agradáveis - um poema, uma canção… -, até as mais enfadonhas, como a digitação de relatórios burocráticos.

Não obstante isso, mesmo assim, escrever nem sempre foi - nem é! - muito fácil para mim. Teve uma época em que eu tava realmente mal, sem paciência para formular uma única frase. Sério! A minha ansiedade suplantava qualquer pensamento inteligente com o qual eu pudesse me deparar. Eu nem sequer conseguia ler. E tal ainda ocorre, de vez em quando, e não é só comigo. Thúlio, meu amigo, também já passou por isso. Fase muito difícil, quando eu o conheci. Ele estava acamado, chorava pelos cantos, dizia-se o homem mais infortunado do mundo. Eu sentia na pele o sentimento de pesar dele, e que nele havia alguma coisa triste de mim, sem sobrepujar. Por isso, quis tanto ajudá-lo naqueles dias ruins [que estranho, isto soou como coisa de mulher com TPM e tal… hehehe…].

Além desses problemas inerentes a nós dois, jovens adultos, outros seres senescentes já enfrentaram – ou enfrentam – os seus dilemas. E os mais velhos que o digam! Não bastasse a fragilidade das suas ossaturas, outrora eles passaram por muita censura. Era um perigo tremendo, arriscado demais, se expressar em momentos passados, quando da ditadura. De alguns anos para cá, apenas então, é que o Direito à Liberdade de Opinião e Expressão começou a sair do papel, para se tornar algo tangível, real. E, apesar disso, para muitos os traumas permanecem. Sempre havendo alguns resquícios do medo, algum tipo de receio maior nas pessoas, mesmo que latente lá dentro do peito.

Afora o exposto, as dificuldades dos escritores prosseguem, e têm permanecido grandes, principalmente no que diz respeito à publicação de suas obras. O fato é que, despreocupados com a qualidade dos textos, mas com a quantidade de vendas dos produtos, muitos editores lançam somente os volumes que garantem retorno econômico à empresa. Além disso, muitas vezes, os meios de comunicação virtual publicam na íntegra - e gratuitamente - obras de vários autores, sem considerar os respectivos direitos autorais, causando prejuízos aos mesmos.

Eu, que escrevo a eito, fico preocupado. Desse jeito, aonde vamos chegar!? Mas reluto no discurso, e a despeito disso tudo, continuo: Quem é o maluco de interromper a escrita???


 

 


Low. Recife, 25 de julho de 2010.


 




Links recomendados:

IPLA - Instituto da Psicanálise Lacaniana | Da verdade recalcada à verdade mentirosa [pdf]
Revista Monet | Dia do Escritor: veja 14 filmes com os melhores autores do cinema 
Portal do São Francisco | Dia do Escritor

Algemado

quinta-feira, 22 de julho de 2010

 

Por acaso hoje, quando estava prestes a fazer login no Orkut, notei uma imagem referente ao Festival de Vijandi – uma pequena cidade da Estônia. De início, pensei que fosse outra coisa e, devido a minha grande curiosidade, quer dizer, devido a minha SEDE DE CONHECIMENTO, eu fui fuçar pelo Google para ver do que se tratava… Descobri, no entanto, que bastava um simples clique naquela imagem, da home daquela rede social que é a mais popular entre os brasileiros, para sermos direcionados ao assunto da festa. Isto foi só depois de constatar, mesmo, que hoje é o Dia do Cantor Lírico. Seria uma coincidência? Acho que não…

No fim, o que me atraiu realmente a fazer esta postagem de agora, foi esta segunda, ou melhor, primeira constatação. De que hoje se comemora o Dia do Cantor Lírico. Diz-se que este tipo de canto se refere mais a música erudita. Mas tenho lá minhas dúvidas. Pois, de acordo com a etimologia, o étimo da palavra lírica está relacionado com lyra, instrumento musical de corda, que os gregos usavam para acompanhar os versos poéticos. O que está um pouco distante - não é verdade? - daquele capricho que vemos dos sopranos, tenores e afins, que quase sempre é acompanhado pelo som requintado de um piano.

A partir do século IV a.C., o termo lírica passou a substituir a antiga palavra mélica (de melos, “canto”, “melodia”) para indicar poemas pequenos por meio dos quais os poetas exprimiam seus sentimentos. Sabia-se que antigamente Aristóteles - filósofo grego nascido na cidade de Estágira, em 384 a.C. - distinguia a poesia mélica ou lírica, que era a palavra “cantada”, da poesia épica ou narrativa, que era a palavra “recitada”, enquanto que a poesia dramática era, para ele, a palavra “representada”.

O termo “melos” lembrou-me, particularmente, dois estilos de música que eu curto bastante: o Power Metal Melódico e o Hardcore Melódico. Não esquecendo, ainda, que este primeiro tem seu estilo influenciado pela música clássica, assunto já rapidamente tratado neste artigo. Contudo, não vamos ficar enrolando. O que vou expor aqui não é a importância deste dia, nem o que é o quê simplesmente - o meu blog não tem o esclarecimento como seu único objetivo. O que eu quero é poder demonstrar, também, os meus dotes musicais. Minha criatividade. Não, eu não canto! Nem no chuveiro ¬¬. Entretanto, eu componho! Quase o dia inteiro… São tantas criações, inícios de criações, que muitas vezes me escapam da memória, e composições outras tantas que eu até perco por completo.

Tenho esta abaixo, intitulada “Algemado”, a qual criei em 11 de agosto de 2007. Fiz duas versões dela, inicialmente. As duas nessa mesma data. Porém, como sempre falta alguns retoques, uma coisa aqui, outra coisa ali… acabei criando 5 versões aproximadamente. Vou expor apenas as duas primeiras. Quem sabe numa próxima chance eu mostre as demais, não é? Se vocês quiserem, claro. Não gosto de músico chato! Digo, com-po-si-tor chato… E o texto já tá longo! Vamos terminar, então. Até mais!

 

 KY - Coração Algemado

 

ALGEMADO
Thúlio Jardim, 11/08/2010.



Há quanto tempo eu não vejo o teu olhar?
Por um momento parei para pensar
O par perfeito que seria eu-e-você
Mas você nem me percebe, ou só finge que não vê…

Que eu estou afim de você
Que eu busco sempre por você
Que você é o meu paraíso
É tudo aquilo que eu preciso

Agora, garota, venha beijar minha boca
Me diga por que está longe, menina
Chega mais perto, adoça minha vida
Fico esperto só com você, minha linda

Coisa louca é o que eu sinto ao seu lado
Minha dona, por você fui algemado
Mesmo preso a você me sinto livre
Pra fazer testar todos os seus limites… 


[Refrão] (sugestão: 2x)
Escravo ao teu coração
Algemo-me por opção
A chave não guardei comigo
Ficar prefiro sempre contigo


Nã nãnã nã nana
Nãnãnãnã nã nana
Nãnã-nãnã
Nãnã…

Nã nãnã nã nana
Nãnãnãnã nã nana
Nãnã-nãnã
Nãnããã…

 


ALGEMADO (2ª Versão)
Thúlio Jardim, 11/08/2010.

 

Há quanto tempo eu não vejo o teu olhar?
Sobre as nuvens estava a te observar
Mas veio o vento, vento forte em um só golpe
Pegou me arremessou, derrubou-me de lá

Agora neste horizonte estou a vagar
Meus olhos perdidos procuram te encontrar
Água de deserto nem sempre está por perto
Mas só você mata a sede deste meu coração

Sou louco por tu, se você não sabe
Quando está longe, me bate uma saudade
Par perfeito seria eu junto a você
Vou tentar de novo ver os olhos seus…

Viver pensando em você
Viver fazendo me enlouquecer
Viver algemado, pensamento em você
Viver algemado todo tempo a você

Oh garota, venha cá beijar minha boca
Me diga por que está tão longe, menina
Chega perto, adoça minha vida
Fico esperto só com você, minha linda

Coisa louca é o que eu sinto ao seu lado
Minha dona, por você fui algemado
Mesmo preso a você me sinto livre
Pra fazer testar todos os seus limites…

Escravo ao teu coração
Algemo-me por opção
A chave não guardei comigo
Ficar prefiro sempre contigo

Às vezes, acho até que não sou o melhor pra você
Por vezes, também pensei em tentar te esquecer
Mas sem você não sei o que de mim posso fazer
Enfim, algemado estou sempre preso a você!

KY - Preso a Você!

 



ATENÇÃO:

© Ao copiar alguma das minhas poesias ou músicas, não esquecer de especificar a fonte (titularidade); não seja covarde, respeite os direiros autorais! Até porque todas elas são registradas pela BN, e a utilização indevida das obras implica em crime de contrafação - pro caso de uso impróprio ou alterações sem consentimento do autor...

Desde já, eu agradeço!

As.: THÚLIO JARDIM

A Natureza

quarta-feira, 30 de junho de 2010

 

Esse mês está quase findando, concomitante as minhas “conjeturadas férias” (explico-me em breve…). Precisamente antes da minha viagem ao interior, pra fins de curtir o Dia dos Namorados, o São João e parte da Copa do Mundo na minha Terra-mãe-de-criação – Floresta/PE –, eu havia transcrito um artigo sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente. Queria eu, antes do referido passeio, escrever mais outro artigo ainda sobre o mesmo tema, mas só que de uma maneira bem inspirada/inspiradora. Não tive tempo. Estava prestes a viajar e nem sequer organizado tinha as minhas malas.

Pensando nisso e noutras dificuldades, eu resolvi adiar, para quando da minha volta, a postagem pretendida. Agora sim, poderei fazê-la com calma e logo aqui abaixo! Espero que curtam-na ao som da música que entusiasmou a criação poética: “What a Wonderful World”, de Louis Armstrong [o vídeo é restrito a alguns sites – felizmente, a execução automática funciona bem neste blog].

Tudo muito embora eu saiba que a Semana do Meio Ambiente / 2010 fora estabelecida para o período de 07 a 11 de junho. Nunca é tarde para relembrar tal evento, afinal. Ainda mais diante disso ter ocorrido no corrente mês e da tamanha importância que tem, evidentemente, A Natureza para nós, destacada em maiúsculo por isso e porque é igualmente o título deste artigo e da poesia que fiz. Leiam-na, depois de olharem atentamente a figura – que eu próprio pintei (anteriormente, estava em preto e branco!):

 

KY - A Natureza



A NATUREZA
Por Thúlio Jardim, em 05 de janeiro de 2009.


Eu vejo rosas vermelhas
Sob um céu de manto azul
E árvores verdes
Sobre um chão coberto de marrom

Eu vejo borboletas coloridas
E pássaros a voar
Muitas crianças divertidas
Numa praça a brincar

Eu vejo a inocência e a beleza
De um bebê no seu chorar
E sei que ele aprenderá, com certeza,
Muito mais do qu’eu possa ensinar

Oh, que coisa magnífica
É a natureza!

A gente cresce, amadurece
Qual uma fruta
Que as poucos se desgarra
De um grande vegetal

E, em pouco tempo, perde
Aquela candura
Desatando as amarras
De ser sempre um colegial

E é nesta fase
Que a gente reluta
Não quer crescer
Para não ser uma pessoa adulta

Mas isto é inevitável
Não se ignora
Cedo ou tarde, com nossa curiosidade,
A gente abre a Caixa de Pandora
E a velhice vem…

Mas não pensemos nisso
Olhemos em nossa volta
Vejamos como o ambiente é bonito
Esqueçamos o mal nesta hora

Seja feito, então, um compromisso
De ser visto só o que presta
Para não nos tornarmos aborrecidos
Observemos que a natureza é esbelta

Oh, e que coisa magnífica
É a natureza!

Eu vejo os peixes de um aquário
Tão lindos de apreciar
E as plantas aquáticas
Por horas sou capaz de contemplar

Olhando para o céu e o sol
Meus olhos se ofuscam
Com a chegada do arrebol
As nuvens se afogueiam

E observo uma gaivota
No seu planar admirável
Demonstrando-se tão santa
Parecendo tão intocável

Oh, que coisa magnífica
É a natureza!

E eu vou pelo meio da estrada
E acabo me deparando com um cavalo
Dá-me uma vontade louca de cavalgar
E que incontrolável!

E continuando a trilha
Vou sem deixar pegadas
Não quero que me sigam
Sou uma pessoa solitária

Mais adiante avisto
Uma onça pintada
E só pela mão de Cristo
Pode ter sido desenhada

E mantendo os olhos atentos
Ando sempre nesta caminhada
Para encontrar o que desconheço
Vou além da alvorada
Vou além…

E, na madrugada,
As estrelas se anunciam
Enquanto a lua tímida
Nas nuvens procura um abrigo

Eu vou vendo, ao raiar do dia,
Flamingos quase se beijando
Formando um coração lindo
Num contorno rosa e tanto!

Oh, e que coisa magnífica
É a natureza!

E o pavão colorido
Acendendo em nós o encanto
Assim como o albino
Demonstra-se tão elegante…

Abrem as penas
Numa singularidade tremenda
Um transferidor em meia lua
Criam para a nossa surpresa

Só faltou encontrar um leão
Para tornar a viagem completa
Com aquela juba que só ele tem
E o rugir que à distância se contempla

Oh, que coisa magnífica
É a natureza!


P.S.: Notaram o rapaz de verde-e-amarelo, usando calça jeans azul, na figura pintada por mim? Pois é, ele sou EU! Em clima de Copa do Mundo, juntinho à namorada… O desenho citado foi contribuição do meu amigo, estudante de Designer Gráfico, Márcio Santana.




Surpresa...

sábado, 12 de junho de 2010





Hoje tem surpresa… Contar-lhes-ei assim que regressar das minhas férias! Até lá (julho), fiquem morrendo de curiosidade [risos].

O яevoluciona

quinta-feira, 3 de junho de 2010

 

Thúlio acha que foi prolixo no texto anterior, da sexta-feira passada. No fundo, pensa que quase ninguém leu seu artigo por ser longo demais. No meu ver, isto não é verdade: já li assuntos tomados de forma tão graúda como o dele e, porém, de difícil entendimento. Enquanto no caso dele, no entanto, é muito mais facunda a leitura e simples.

Foi fácil conhecer melhor o que Charles Darwin apontava e, a partir daí, decidir-se concordante ou não em seguir aquele caminho. Meu amigo Thúlio até citou mais de 50 vezes no texto a palavra Darwin e seus derivados, e sem com isso querer tornar ninguém partidário dos ideais Evolucionistas. Apesar disso, no outro oposto, também não vi qualquer mando pelo posicionamento favorável ao do meu amigo – não tão de acordo com o do naturalista referido e glorificado por muitos ingleses.

Ainda assim, meu amigo insistiu para eu expor um novo artigo bem menor, um escrito poético dele, no qual tentaria falar usando basicamente uma palavra por verso. Foi a forma que ele encontrou de se “desculpar” pela canseira que deve ter dado a sua última escritura. O poema de agora é fecundo em interpretação, cada qual leitor construindo uma imagem própria dele, criando a evolução de uma estória que pode vir a ser fascinante.

Após construído o cenário, recomendo ler “A Revolução Explicada”, de Louis-Gaston de Ségur. É um texto muito interessante, que remete um pouco ao assunto já tocado aqui. De toda forma, ao final, exporei uns pedacinhos dele. Espero que vocês gostem!

 

KY - Revoluciona


O яEVOLUCIONA
Por Thúlio Jardim.


Cama
Colchão
Camarada
Ama
Emoção
Amarrada
Escravidão
Maneira!
Prisão
Não!
Cana
Sim!
Garrafa
Garrafada
Querosene
Fogo
Atear
Casa
Caçada
Máfia
Preso
Escravo
Soldados
Ajoelhado
Prometo
Promessa
Você
Eu
Seu
Criado
Você
Cederá
Sempre
Nunca
Fujo
Ti
Refúgio
Sempre
Persigo
Perseguida
Novamente
Erro
Perseguição
Caio
Desmaio
Acordo
Penitenciária
Revolta-me
Revolta
Revolução
Envolvo-me
Evolução
O яevoluciona
Solução
Cura
Cura-me
Coração
Comigo
Amigo
Melhor
Algemas
Ajuda
Solto-me
Cadeados
Amassados
Massa
Libertação
Carro
Contra-mão
Batida
Partida
Partido
Coração
Saudades
Infelicidade
Ela
Solidão
Coração
Tristeza
Amor
Separação
Ela
Princesa
Morrer
Coração
Revolucionar
Viver…


A REVOLUÇÃO EXPLICADA, de Louis-Gaston de Ségur (Trechos):

“(…)


Eles [os adolescentes] ingressam em um mundo que marcha à deriva, pois não há mais princípios e, desde mais de um século, a doutrina incoerente de mil falsos doutores distancia-se cada vez mais da fé e do bom senso. Eles lerão nos jornais, escutarão em toda parte tantas besteiras e mentiras que logo serão persuadidos, se não possuírem uma forte defesa. (…)


(…)


Uma revolução, geralmente, é uma mudança fundamental que se opera nos costumes, nas ciências, nas artes, nas letras, e sobretudo nas leis e no governo das sociedades. Em religião ou em política, é o total desdobramento, o triunfo completo de um princípio subversivo de toda a antiga ordem social. Ordinariamente, a palavra “revolução” possui um sentido ruim; contudo, esta regra não é sem exceção. Assim dizemos: “O cristianismo realizou uma grande revolução no mundo”, e tal revolução foi muito feliz. É igualmente verdadeiro dizer: “Num tal ou tal país insurgiu uma revolução que a tudo pôs sangue e fogo”; trata-se ainda de revolução, mas de uma revolução má.


(…)


Vista em seu sentido mais geral, a Revolução é a revolta erigida em princípio e direito. Não é somente o fato da revolta em si; em todas as épocas houve revoltas: é o direito, é o princípio da revolta que se torna a regra prática e o fundamento das sociedades; é a negação sistemática da autoridade legitima; é a teoria da revolta, é a apologia e o orgulho da revolta, a consagração legal do princípio mesmo de toda revolta. Não é apenas a revolta do individuo contra o seu superior legitimo — esta revolta simplesmente se chama desobediência; é a revolta da sociedade enquanto sociedade; o caráter da Revolução é essencialmente social e não individual.


(…)”





Vagões de Desilusão

terça-feira, 25 de maio de 2010

Artigo publicado hoje, no Kara Ystúpido ®.

KY - Trem da Desilusão

 

Olá, pessoal. Sentiram saudades?!

Pois é, ausentei-me por um tempinho e deixei de fazer as postagens que tipicamente elaboro em fins de semana. Isso foi preciso, porque estava a customizar este espaço. Notaram algo diferente nele? Viram o quanto está mais brasileiro!? Então, a intenção é por motivo bem evidente: fazer homenagem à Copa do Mundo que vem por aí e ao meu Brasil, especialmente. O fato é que, também, serviu de gatilho para isso não só esta época do ano, como eu mesmo ter notado que em outros locais o Kara Ystúpido estava tão “desleixado”.

Por acaso, quando freqüentava uma das aulas do sábado, a do curso de WebDesigner, vi um problema no arranjo do plano de fundo. Eu não gosto de usar senhas em locais públicos, nem costumo tanto, mas abri uma exceção naquele dia. A imagem de fundo estava ajustada apenas para computadores com resoluções semelhantes a minha – 1024x768 –, e não superiores. Tudo visto, fiz as modificações plausíveis para evitar que o pessoal que usa principalmente a resolução de 1440x900 (com 32 Bits) tivesse uma impressão ruim desse ambiente.

Quem usa resolução como a minha, por enquanto, não tem a mesma dimensão do papel de parede. Se desejá-lo, entretanto, vir-lo na íntegra e direto da página (até que eu ajuste melhor), basta seguir estes passos simples adiante (apenas para matar a curiosidade, obviamente): segure o ‘Ctrl’ e gire a roda do mouse em direção sul. Depois de ver a belezura (que convencido!), para retomar a disposição original do blog, apenas gire no sentido contrário a roda do mouse – ainda com o Ctrl pressionado. Se preferir, clique na imagem logo abaixo, à esquerda, ampliando-a. Notem também que meu twitter está “abrasileirado” (abaixo, à direita). Como gostei muito dos novíssimos visuais, é muito provável que eu permaneça com eles (ou parte deles).


Blog ‘Kara Ystúpido’ e Twitter (Planos de Fundo)
 

 

Agora sim, estando tudo nos conformes e bem explicado, vamos à postagem hodierna:

 

Vagões de Desilusão

Thúlio Jardim, em 20/05/2010.



Pra que amar
Se no final tudo amarar?
Indo pra debaixo d’água
A paixão que era larga
Deixando de sobra a tristeza
Com toda sua carga que enfeza
E enseba o amor…

Tão amargo é o sabor
- Incisivo veneno de cobra!
Desta derrota que nos assolou
Dando ensejo ao nosso desejo
De ver morta a ínsita dor
Que se gerou dentro do peito
De um recente perdedor.

Incitador o ódio que se expulsara
Levando empuxado o ressentimento
Sem tamanho, tal qual flamejamento
Que se alastra e não se define
Cobre tudo e mais um pouco
Do caminho, empene-me!
Desviando-me para o fim…

Terrível encetadura em pulula,
No meu pensamento, assim,
São balaços de angústia, perrengues
Que se pregam em mim…
Feito reza para padres
Feito ferro no balastro
Que já estou afeito, habituado
A um trem lotado e perverso!
De vagões de desilusão e vagas
De amor ruim.


FIM



Como uma Sombra

terça-feira, 18 de maio de 2010

 

KY - Sombra de Casal

“Não importa aonde eu vá / Como uma sombra, você sempre está junto de mim.”

(Thúlio JardimRecife, 04/10/2007.)




Cansei de Mim!!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

 

“Eu não mais luto contra o que sinto, pois já não sinto quase nada.” (Thúlio Jardim) 

 

KY - Sertão Ensolarado

 

CANSEI DE MIM!!
Thúlio Jardim, 16/09/2007.


O que há de concreto neste mundo?
O que pode realmente ser tocado
E não só sentido?
Nas minhas mãos só vejo concreto virando farelo
Pouco sinto, nada pego, tudo se vai
Eu me abstraio
Mal me sinto
Eu não me sinto parte deste mundo
Imundo domicílio
Eu me sinto em parte em estado de luto
Por me sentir morrendo…
Estou me esquecendo de tudo
Enquanto sinto um mar de dor…
Eu pobre de vida, numa dor rica
Numa podre dor
Uma dor concreta
Que me despedaçou
Uma dor cavada no meu peito
Que afundou o meu coração
Um farelo de amor pela vida
Um pedaço de mau caminho que não vou mais seguir
Eu não mais luto contra o que sinto
Pois já não sinto quase nada
Estou em um caminho esburacado
Que não consigo acimentar
Estou em um caminho acidentado
Que veio para me descimentar
Em um caminho ruim estou
Soterrado por farelos que dão espaço a restos de plantas
Que vejo se decomporem
Não vejo, depois, mais nada por ali
Só há farelos de vida
Um ar concretamente inerte, sem vida
Um sol que mata
Uma água que só é vapor
Não vejo vidas, não há uma linha de vida ali
Nem sequer uma tênue linha
Não vejo um espelho de água
Nem me vejo
Cansei!
Não estou cansado por exaustão
Estou cansado é com esta situação
Não cansei de não descansar
Cansei é de viver descansado na solidão
Cansei de mim‼
Eu parado neste lugar, sem sentir meus pés num chão firme
Acho que vou me decompor
Não sinto, neste momento, dor alguma
Acho que me vou
Acho que não há mais sentido algum
Em eu ficar vivendo
Serei parte desta paisagem
Mas não de corpo inteiro
Serei eu um farelo de nada
Serei desprovido de tudo
Serei só farelo de nada
Sobre mim concreto nenhum.




Quem disse que o Dia das Mães já passou?

segunda-feira, 10 de maio de 2010

 

Boa noite, meus caros.


Vocês bem sabem como eu tenho me empenhado para oferecer-lhes conteúdo sempre atualizado. Entretanto, vez por outra eu trago “poesias recicladas”, isto é, que já havia feito em anos passados. Contudo, percebam que o nome “recicladas” remete ao fato de que eu as adéquo, muitas vezes, ao contexto presente. Ainda e sendo assim, como eu não costumo mudar a essência dos textos originais [inclusive mantendo a escrita antiga, “desrespeitando” as normas do arcordo ortográfico da Língua Portuguesa], resolvo com freqüência deixar a mesma data dos mesmos. Não vejo necessidade em apor nova data para algumas ‘segundas versões’ que se assemelham quase idênticas às ‘primeiras’.

Mas o que vem ao caso é que hoje, às 8h58, conclui um novo texto feito em homenagem àquelas que “nos pariu” – sem tom pejorativo, por favor. Não só achei que a maneira com que o elaborei era digna de elogios [sem falsa modéstia], como também os recebi. Que bom! É por conta disso que estou expondo tudo aqui. As mães merecem mais do que um dia, como já falei em mais de um momento, para serem tratadas com o devido respeito e carinho. Elas são seres excepcionais, e é por estas e outras razões [lembrando a música “Outra Vez” de Roberto Carlos – cantor que minha mãe adora e do qual tem a discografia quase COMPLETA!] que eu faço o meu discurso de veneração.


Clique para ampliar
TJ - Banheiro TJ - Setor de Trabalho TJ - Batendo o Ponto


Até o fechamento desta edição (veja a hora nas fotos acima), todavia, não foi possível saber se o texto que lhes apresento e que fora remetido à Secretária do Diretor-presidente do Detran de Pernambuco (órgão no qual trabalho), tinha sido entregue aos demais colegas de serviço. Apenas chegou ao meu conhecimento que Marta Rabelo – a secretária –, havia-o encaminhado ao senhor Manuel Marinho – presidente do DETRAN - para análise e possível deferimento.

Estou no aguardo, para que, quem sabe terça-feira (amanhã), eu tenha um parecer favorável. De toda forma, exponho abaixo a mensagem enviada, assim como o texto “completo” (na verdade, apenas minhas falas são expostas, haja vista que não pedi autorização à parte envolvida, para poder mostrar a nossa conversa) do pedido que fiz a Marta (clique para download), a fim de que vocês tenham a noção exata de como fora o procedimento.

Espero que gostem! Ficou um pouco longo, mas acho que não (está) cansativo.

 

Observem:

 

KY - Amor Eterno - Dia das Mães

 

QUEM DISSE QUE O DIA DAS MÃES JÁ PASSOU?
Thúlio Jardim. Recife, 10/05/2010.



Pode ter soar estranho a pergunta [“ter soar” também tem um soar estranho, não?!], principalmente numa sociedade onde as mães só são lembradas em datas específicas. Em que é preciso instituir “dias de comércio” para podermos dizer que elas existem e presenteá-las! Quanta besteira. Não digo a data, que é sempre bom ter o máximo de razões possíveis para estabelecermos um contato mais amoroso com aquela que nos concebeu. Falo de esquecermos-nos dela no íntimo, no dia-a-dia, e pior: logo no dia seguinte ao Dia das Mães.

Por isso, escrevo estas palavras singelas, mas com a mão no peito. Porque mãe tem motivos mil para merecer tal afeto, que eu demonstro. Eu fui eleito seu amor antes mesmo de dizer que a amo. E sei que não só nos momentos alegres eu a chamo pelo nome… e sou correspondido.

Também, nos mais indigestos ela esteve ao meu lado, sempre! Já fiz muitas besteiras e, no entanto, ela nunca me repreendeu de forma demente. Ela sabe que os erros nos ajudam a crescer e, igualmente, releva o que eu faço sem intenção de magoá-la. Revela assim a face bela de uma situação tida como feia ou crítica. Eu bem sei, já passei…

Lítica paixão, não há mais pura! As estrelas que banham o telhado de nossa casa, parecendo o seu ático, atiça inda mais minha “loucura”. Este sentimento parece até tortura, para quem é pai: gera ciúmes! Mas não é competição, é querer ser o centro da atenção, como o próprio nume. Estar neste posto é como ser elevado ao cume da exultação.

Sendo assim, peço a todos vocês, colegas e amigos, que rumem ainda hoje e dêem aquele abraço nela - que não deram anteontem. Pois não era Dia das Mães ¬¬. Faça o mesmo com o seu pai, senão será uma completa contradição (esperar o dia dos pais). Ou telefonem, se a distância não permitir um carinho físico para com eles, isso não reduzirá o calor das suas palavras nem o apreço dos seus genitores.

E não existe número limitado de frases para dizer que sem eles não somos nada. Não é uma realidade que não esteja a seu alcance, mesmo se o seu pai é sério ou sua mãe é uma “chata” . Amanse as feras! Afinal, há diversas formas de externar o apego, cada um de seu jeito. Mas, no final, o amor é númeno e é sempre o mesmo.

 

 

Thúlio Jardim. Recife, 10 de maio de 2010.
08h58.

 

 

Detalhe - A cor rosa das minhas fotos pode parecer afeminada, mas tudo bem, pois este texto que redigi foi para contemplar nada mais nada menos que o ser mais feminino do mundo: a MÃE.

 

« Veja o texto na íntegra »




Mães escrevem certo por linhas tortas

domingo, 9 de maio de 2010

 

"Ser Mãe é assumir de Deus o dom da criação, da doação e do amor incondicional. Ser mãe é encarnar a divindade na Terra." (Barbosa Filho)

 

Existem muitas datas importantes, dias especiais dedicados a pessoas especiais, que merecem toda a nossa admiração e respeito. Pessoas que dedicam toda a sua vida, ensinando o que é o amor. Pessoas que não medem esforços quando um filho pede ajuda.

É dela, e para àquela a quem chamo de mãe, que eu estou falando.

Primeiramente, venho agradecer a todas as mamães que visitam este blog. Sua visita e participação é muito importante. Devo dizer, depois, que há muitos motivos pelo quais me sinto compelido a fazer este protesto de veneração e respeito a esta diva. Porque são tão poucas as ocasiões em que costumo declarar pessoalmente o quão formidável ela é e o que ela representa para mim! Porque ela sempre me ajuda e sempre está comigo nos momentos mais relevantes, e também nos mais indigestos! Só para citar alguns.

KY - Dia das Mães 2010

Dia 9 de maio é o Dia das Mães neste ano de 2010. É dia para gastar todo o tempo possível perto das mães (se você é filho) ou perto dos filhos (se você é mãe).  No Brasil, perceba, o Dia das mães é comemorado sempre no segundo domingo de maio (de acordo com decreto assinado em 1932 pelo presidente Getúlio Vargas). É uma data especial, pois as mães recebem presentes e lembranças de seus filhos. Já se tornou uma tradição esta data comemorativa.

A origem desta data surgiu quando uma jovem americana, Annie Jerwis, perdeu sua mãe e entrou em completa depressão. Preocupadas com o sofrimento, as amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória da mãe de Annie com uma festa. Annie quis que a homenagem fosse estendida a todas as mães, vivas e mortas.

Em pouco tempo, a comemoração se alastrou por todo o país e, em 1914, sua data foi oficializada pelo presidente Woodrow Wilson: dia 9 de maio. Em Portugal, até há alguns anos atrás, o dia da mãe era comemorado a 8 de Dezembro, mas atualmente o Dia da Mãe é no 2º Domingo de Maio, em homenagem a Maria, Mãe de Cristo.

“Ah, as Mães… Elas escrevem certo por linhas tortas. Elas só podem ser deusas!” (Thúlio Jardim) 

Para concluir, apresento uma poesia intitulada “Mãe: Amor Brinquedo”, escrita pelo meu pai, Jarbas Bedôr Jardim, faz muuuito tempo - quando eu ainda era pequeno. Também acrescento uns vídeos feitos por mim, ao final da página.

Quanto à poesia citada, o tom dela é como se fosse um criança a declamar um poema a sua querida mãezinha. Acho até que peguei o gosto pela poesia influenciado pelo meu pai, desde pequenino. Ele escreve muito bem. Indiscutível perceber a veia poética que corre nele, e que eu demonstro ter também. Meu pai já fez vários versos, pena que muitos se perderam com o tempo por não ser mantido um registro deles, como faço com os meus.

Enfim, mãe, estes dizeres deste “artigo de luxo” é porque TODOS OS DIAS DO ANO OS DEDICO A TI!

 

 

Thúlio Jardim. Recife, 09 de maio de 2010.

  

 

Mãe: Amor Brinquedo
Jarbas Bedôr Jardim



"Mamãe, hoje é seu dia
Escute-me, por favor
Faz tempo que eu queria
Falar de um grande amor
Que desde muito cedo
No meu peito se alojou

O mais importante brinquedo
Que você me ofertou
Sempre esteve tão perto
Disto estou convicto e certo
Foi você e o seu amor

Os outros são passageiros
Logo, logo se estragam
E vão todos pro lixeiro
Você é diferente
Sempre cuidou da gente
Com carinho e muito amor
Desde que aquela semente
Em seu ventre penetrou

Hoje já bem crescido
No topo desta idade
Percebo que este amor
É a nossa maior felicidade
Agradecer é preciso
Mas estou emocionado
Por isso, dizer só consigo
Mãezinha, muito obrigado!"

PS – Entrem na comunidade do Orkut “Mãe: Amor Brinquedo”.


 

Vídeos:

Mãe, Puro Amor

 

Mãe, Puro Amor (Apresentação de Slides do PowerPoint)

Visualize no Youtube, clique em modo ampliado (480p).

 

Meu Calar Diz Muito

“A mãe compreende até o que os filhos não dizem” (Texto Judáico)

 
 
 

Dia das mães no mundo

  • 2º domingo de maio – Estados Unidos, Brasil, Dinamarca, Finlândia, Japão, Turquia, Itália, Austrália e Bélgica
  • 2º domingo de fevereiro – Noruega
  • 2º domingo de outubro – Argentina
  • 2º dia da primavera – Líbano
  • 1º domingo de maio – Portugal
  • 10 de maio – México
  • 8 de dezembro –  Espanha
  • Último domingo de maio – Suécia
  • 4º domingo da Quaresma – Inglaterra

 


Links recomendados:

http://www.suapesquisa.com/historia_dia_das_maes.htm - História do Dia das Mães - Resumo.

http://www.mensagensvirtuais.xpg.com.br/mamae/historia.php - História do Dia das Mães, Anatomia das Mães, Curiosidades, Dia das Mães pelo Mundo, Os signos das Mães…

http://www.teatrocristao.net/texto/mae - O amor de um filho pela sua Mãe apresentado através da pantomima - representação teatral em que os atores se exprimem unicamente por meio do gesto.

http://www.teatrocristao.net/texto/especial_coletanea_dia_das_maes - Especial Coletânea Dia das Mães, do Teatro Cristão.

http://www.anda.jor.br/?p=61020 – Sobre mães não humanas. Fala-se que o cuidado é o mesmo, o sentimento, a dor pela separação, o terror da morte, a defesa incondicional.

http://mdemulher.abril.com.br/familia/especial/dia-das-maes - Especial Dia Das Mães.

http://blog.giselebundchen.com.br/?p=1991 - Mensagem pessoal da modelo Gisele Bündchen sobre o Dia das Mães.

http://blog.giselebundchen.com.br/?p=1982 – Blog da Gisele Bündchen versa sobre a importância da Amamentação.

http://www.orkut.com.br/Main#UniversalSearch?pno=1&searchFor=C&q=eu+amo+minha+mae – Comunidades do Orkut sobre as Mães.

http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=72424833 – Comunidade do Orkut criada por mim, para o Dia das Mães!!!




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